O COMBUSTÍVEL SUSTENTÁVEL DE AVIAÇÃO TAMBÉM É DESTAQUE DO EVENTO QUE REÚNE CENTENAS DE EMPRESAS DO SETOR DA AGROCANA
O Combustível Sustentável da Aviação (SAF – Sustainable Aviation Fuel), também é um dos temas de destaque na Fenasucro&Agrocana, que terminará amanhã (15), em Sertãozinho, São Paulo. O presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Rafael Cervone, disse que a feira deste ano coloca o Brasil no radar do mercado mundial como uma grande referência em “combustíveis do futuro”. O evento que visa promover negócios e vendas de produtos e serviços para o setor da cana-de-açúcar, este ano reúne cerca de três mil produtos de 600 marcas expositoras de mais de 60 países. A expectativa, divulgada pela própria feira, é de superar os R$ 10,7 bilhões em negócios alcançados na última edição. A feira também traz paineis sobre temas como bioenergia e inovação; SAF e biodiesel e políticas públicas.
O SAF é um substituto do querosene de aviação fóssil e é produzido a partir de fontes renováveis como o etanol, por exemplo. Sua principal vantagem é a capacidade de
reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa. O tema fez parte, do painel “Tecnologias em Biocombustíveis“, que fez parte do 1º dia da feira e foi organizado pelo Senai-SP. O tema tem sido destaque em todo mundo, com os chineses definindo a meta de incorporar 3% de SAF em voos nos próximos cinco anos, com a ambição de alcançar 50% até 2030, o que equivale a 46 milhões de toneladas.
Na avaliação de Cervone, o SAF faz com que o Brasil se torne referência e um grande nome mundial da bioeconomia e da bioenergia. “Hoje o SAF, nosso combustível verde para a aviação, é a grande ‘vedete’ da feira, assim como o
marítimo de navegação. Isso coloca o Brasil no radar como uma grande referência para esses combustíveis de futuro, não só no transporte terrestre como aéreo e marítimo.” O empresário Jacyr Costa Filho, presidente de honra da Fenasucro & Agrocana este ano, que também preside o Consag (Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp), disse que “é bem-vindo” o interesse da China no SAF brasileiro porque incentiva o país a produzir e exportar etanol. Ele ressalta, no entanto, que o ideal é que o Brasil atraia os investimentos chineses para manter a produção industrial do SAF em nível local, com valor agregado. “Se a gente quer valorizar a nossa indústria, nós temos que buscar a produção de SAF aqui no Brasil e para isso a gente precisa buscar recursos porque para construir uma fábrica de SAF de 500 mil toneladas é necessário US$ 1 bilhão. É muito dinheiro.”

publicada em 14 de agosto de 2025 às 16:00 




