O FOGO SEM CONTROLE NO INTERIOR DE SÃO PAULO DEVASTOU AS PLANTAÇÕES DE CANA E VAI COMPROMETER A PRODUÇÃO DE ETANOL E AÇÚCAR | Petronotícias




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O FOGO SEM CONTROLE NO INTERIOR DE SÃO PAULO DEVASTOU AS PLANTAÇÕES DE CANA E VAI COMPROMETER A PRODUÇÃO DE ETANOL E AÇÚCAR

O fogo em São Paulo é devastador

O fogo em São Paulo é devastador

O  aumento do número de  incêndios  em todo o Brasil em agosto queimou plantações de cana-de-açúcar e vai prejudicar a produção de açúcar e etanol. Principalmente em São Paulo, o maior produtor no Brasil, QUE está sofrendo com esses incêndios criminosos nas fazendas, com a digital dos movimentos sem terra, dizem os produtores. São incêndios devastadores, muitos sem controle. São orquestrações simultâneas e várias fazendas de várias cidades do interior paulista. E nada tem a ver com o jargão de ambientalistas de colocar a culpa na “crise climática”, que está servindo de justificativas para a incompetência em várias áreas, sem a criminalização dos movimentos sociais ligados ao crime. Os grandes produtores querem mitigar os danos causados pelo aumento sem precedentes destes incêndios, usando os talos de cana-de-açúcar da área afetada. Mas precisarão de aumentar seus  investimentos para recuperar as áreas queimadas. Toda essa confusão está revelando a vulnerabilidade da agricultura brasileira.  Os incêndios florestais foram intensos em todo o Brasil e atingiram níveis sem precedentes no estado de São Paulo. O mês seco de agosto de todos os anos foi aproveitado pelos criminosos para atear fogo nas plantações.

O fogo sem controle apavora as comunidades do interior de São Paulol

O fogo sem controle apavora as comunidades do interior de São Paulo

A ORPLANA (Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil), que conta, atualmente, com 35 associações de fornecedores de cana e representa mais de 12 mil produtores de cana-de-açúcar,  fez um novo balanço dos impactos dos incêndios que atingiram as propriedades rurais no estado de São Paulo e também em outras regiões do Brasil. Os números contabilizam os incêndios registrados no fim de semana dos dias 24 e 25 de agosto e as ocorrências subsequentes até a quarta-feira (4).  Ao longo desse período foram identificados mais de 2,3 mil focos de incêndios, que resultaram em mais de 100 mil hectares queimados em áreas de cana-de-açúcar e áreas de rebrota de cana e um prejuízo estimado de mais de R$ 800 milhões, pelos efeitos dos incêndios na cana em pé, nas soqueiras e na qualidade ruim da matéria-prima. Vale lembrar que a quantidade de hectares queimados não contabiliza áreas de APP, reserva legal e pastagens.

orplana ceoO CEO da ORPLANA, José Guilherme Nogueira (foto à esquerda), esclarece que devido às perdas, a cana só vai conseguir rebrotar quando tiver água no solo, quando as chuvas chegarem. “Esse cenário de clima seco e falta de chuvas pode impactar a safra futura, mas ainda é cedo para essas previsões. Esperamos que as chuvas deste final de ano venham de forma uniforme e volumosa e a rebrota da cana-de-açúcar aconteça de uma maneira mais tranquila.” A organização ainda enalteceu o anúncio feito pelo Ministério da Agricultura sobre uma linha de crédito específica para o replantio da cana-de-açúcar nas áreas produtoras afetadas pelas queimadas.

A fumaça intensa faz o dia virar noite

A fumaça intensa faz o dia virar noite

Certamente teremos a necessidade de replantio e o crédito será um bom alento para os produtores de cana, que gastam, em média, R$ 13,5 mil para a eliminação da soqueira, da rebrota ruim e para a realização do plantio”, explica. “E, muitas vezes, os produtores não conseguem pagar isso em um ano, mas sim em duas ou três safras. Por isso, a linha de crédito irá ajudar“, disse Nogueira.

 A ORPLANA reafirmou que está atenta às necessidades dos produtores de cana e em busca de alternativas para reduzir os danos causados pelos incêndios, que afetam negativamente o meio ambiente, a segurança das pessoas e a rentabilidade dos produtores. “Temos reuniões constantes com o gabinete de crise do governo de São Paulo para tratar sobre as queimadas e os eventos climáticos severos que têm acometido os produtores de cana, como a baixa umidade do ar; pouquíssima chuva; ventos fortes; e, infelizmente, a ignição tem sido ainda ações humanas“, concluiu.

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