O IRÃ VOLTA A ACELERAR O ENRIQUECIMENTO DE URÂNIO E JÁ ESTÁ MAIS PRÓXIMO DE PODER TER UMA BOMBA NUCLEAR
O Irã voltou a acelerar a taxa de enriquecimento de urânio até 60% de pureza, próximo ao grau de ser usado como armamento. A informação é do órgão de vigilância nuclear da ONU, a Agência Internacional de Energia Atômica ( AIEA). No meio do ano, os iranianos ouviram e atenderam os apelos dos especialistas da AIEA e decidiram desacelerar o processo de enrique do urânio em suas centrífugas, mas vale lembrar que a bomba usada em Hiroshima, usava urânio a 64 quilos de urânio 235, parte com 89% de enriquecimento e outra parte em 50%, com uma média próxima de 70% Havia Muitos diplomatas que acreditavam que esta desaceleração, que começou em Junho, foi o resultado de conversações secretas entre os Estados Unidos e o Irã que levaram à libertação de cidadãos norte-americanos detidos no Irã no início deste ano, mas isso não pode ser confirmado.
O Irã já possui urânio enriquecido até 60% suficiente, se for ainda mais enriquecido, para fabricar três bombas nucleares, de acordo com a definição teórica da Agência Internacional de Energia Atômica, e mais em níveis de enriquecimento mais baixos. O Irã nega ter procurado armas nucleares. “O Irã aumentou a sua produção de urânio altamente enriquecido, revertendo uma redução anterior de produção registada em meados de 2023”, afirmou a AIEA num comunicado que resume um relatório confidencial aos Estados-Membros, pelo que se sabe. Os iranianos estão enriquecendo o urânio até 60%, muito perto de se chegar aos 90% que são uados para armas nucleares. Este trabalho está sendo realizado, na sua Centralde Enriquecimento de Combustível (PFEP), no seu amplo complexo de Natanz(foto), e na sua Central de Enriquecimento de Combustível Fordow (FFEP), que está escavada numa montanha.
Desde a desaceleração, essas fábricas têm enriquecido urânio até 60%, a uma taxa de cerca de 3 kg por mês, disse a AIEA: “A Agência confirma que, desde o final de Novembro de 2023, a taxa à qual o Irão tem produzido urânio enriquecido até 60% U-235 nestas duas instalações combinadas aumentou para aproximadamente 9 kg por mês”, diz o relatório aos Estados-Membros. Pela definição teórica da AIEA, cerca de 42 kg de urânio enriquecido a 60% é a quantidade a partir da qual não se pode excluir a produção de uma bomba nuclear. Os inspetores da AIEA observaram pela primeira vez uma mudança na produção em Fordow em novembro, após o Irã confirmar que a taxa de produção estava retornando ao nível anterior à desaceleração, disse o relatório, mas os inspetores observaram um aumento na taxa de produção em Natanz.
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