O MINISTÉRIO DA DEFESA REÚNE QUASE 170 ORGANIZAÇÕES DE 20 PAÍSES PARA APRIMORAMENTO DE PROTEÇÃO CIBERNÉTICA
Com número recorde de participantes, foi aberto nesta semana o Exercício Guardião Cibernético, conduzido pelo Ministério da Defesa e coordenado pelo Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), do Exército. Em sua sétima edição, o treinamento reúne 169 organizações e cerca de 750 participantes de 20 países. Também estão previstas atividades on-line com a participação de aproximadamente mil pessoas. O treinamento, que irá até o dia 19 na Escola Superior de Defesa (ESD), em Brasília (DF), tem como objetivo fortalecer o preparo das Forças Armadas e das instituições participantes na segurança nacional e na proteção de infraestruturas críticas, aprimorando as capacidades de defesa do Brasil. A iniciativa envolve áreas estratégicas, como energia, transporte, recursos hídricos, comunicações, biossegurança e setor financeiro.
O Comandante de Defesa Cibernética, General de Divisão Ivan de Sousa Corrêa Filho, destacou que a Estratégia Nacional de Defesa e o Plano Nacional de Segurança de
Infraestruturas Críticas (Plansic) atribuem ao Ministério da Defesa a tarefa de auxiliar na resiliência das infraestruturas críticas nacionais. Resiliência tecnológica é a capacidade de um sistema de TI (Tecnologia de Informação) ou infraestrutura digital de prevenir, detectar, responder e se recuperar de interrupções, como ciberataques, falhas de hardware, desastres naturais ou erros humanos, garantindo a continuidade das operações.
“O exercício ataca essa missão em várias vertentes e pólos diferentes. Uma parte é voltada para a direção das empresas, que é muito importante. A gente coloca a direção das empresas numa situação difícil, num problema simulado. Com isso, fazemos eles sentirem na pele um problema que, por enquanto, não sentiram. Muitas vezes eles não sabem que tem esse problema“, afirmou Corrêa Filho. Outro exercício é uma simulação virtual voltada às equipes técnicas das empresas, com o objetivo de melhorar os ativos de TI e TO (Tecnologia Operacional). Por fim, há uma simulação de um problema maior, que deixou de atingir apenas uma empresa e passou a oferecer riscos ao país, como ataques a empresas de água, energia e telecomunicações e do sistema financeiro.

publicada em 16 de setembro de 2025 às 20:00 




