O PAPEL DA INDÚSTRIA DE ÓLEO E GÁS NA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA FOI O TEMA CENTRAL DA ABERTURA DA FEIRA ROG.e
Está oficialmente aberta uma semana intensa para a indústria de óleo e gás, que fará do Rio de Janeiro sua capital mundial nos próximos dias. A cerimônia de inauguração da feira ROG.e (antiga Rio Oil & Gas), aconteceu na manhã desta segunda-feira (23), no Boulevard Olímpico e reuniu autoridades e nomes relevantes do setor. Entre os participantes do painel de abertura do evento, estavam o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, o Secretário-Geral da OPEP, Haitham Al Ghais, entre outros. Altos executivos de petroleiras internacionais, como o CEO da Equinor, Anders Opedal, e o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, assistiram à cerimônia. Entre os vários discursos na abertura do evento, um tema central ditou o tom das falas: a importância da indústria petrolífera para garantir uma transição energética segura e justa.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que a indústria do petróleo está enfrentando o desafio da transição energética, buscando descarbonizar suas atividades por meio de tecnologias como o sequestro de CO2 e a fabricação de biocombustíveis. “Por isso, não temos receio em afirmar que seguiremos em frente, explorando e produzindo petróleo, enquanto reduzimos nossa pegada de carbono. O pré-sal brasileiro tem metade da média mundial de emissões, e estamos viabilizando combustíveis cada vez mais verdes”, declarou. Magda lembrou ainda que dos 151 países que aderiram ao Pacto Global pelo Clima, incluindo o Brasil, todos concordaram com metas extremamente ambiciosas de redução de emissões, com o objetivo de alcançar o net zero até 2050.
Já o Secretário-Geral da OPEP, Haitham Al Ghais, frisou que o Brasil está liderando o caminho para ajudar a encontrar soluções para os desafios energéticos do nosso tempo. “A abordagem inclusiva e diplomática do Brasil defende que precisamos de todas as vozes na mesa, e devemos levar em conta as diversas variáveis e opções disponíveis para os países e suas populações na evolução desse futuro”, declarou. Al Ghais apontou também que o Brasil tem sido um defensor de uma estratégia que apoia todas as fontes de energia e tecnologias, com o objetivo de oferecer caminhos energéticos justos e equilibrados para todas as pessoas, em todas as partes do mundo. “Isso significa compreender as interligações entre três imperativos energéticos: segurança energética, acessibilidade energética e também a redução de emissões”, disse.
Já o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Roberto Ardenghy, ressaltou que a indústria de óleo e gás está fundamentada na ciência, na matemática, na ciência de dados e na segurança. E que todos esses aspectos estão na base dos processos atualmente em curso, em uma indústria em plena transformação. “Estamos em uma jornada de responsabilidade e compromisso, um compromisso com o presente e, principalmente, com o futuro. Continuaremos fazendo o que sabemos fazer muito bem: fornecer uma energia segura, acessível e disponível para todos, mas também uma energia sustentável”, afirmou. “A COP 28, realizada em Dubai no ano passado, defendeu uma transição energética segura, acessível, plural e inclusiva. É isso que precisamos fazer para continuar entregando esse recurso tão essencial para o desenvolvimento e a sobrevivência da humanidade”, concluiu o presidente do IBP.
Por fim, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o Brasil continuará a cumprir todos os critérios ambientais e sociais, como sempre fez, enquanto avança na exploração de novas fronteiras de óleo e gás na Margem Equatorial. “Quero deixar claro que não abriremos mão, nem por um milímetro, da nossa soberania nacional. Proporcionar uma vida melhor para brasileiras e brasileiros é o que guia nossas ações, e é isso que estamos fazendo ao potencializar nossas iniciativas”, afirmou.
O ministro garantiu ainda a continuidade dos leilões de blocos exploratórios no país. “Vamos continuar com os leilões de petróleo. A estabilidade, a segurança jurídica e a previsibilidade para os investimentos são mantras para nós. Estamos cada vez mais empenhados em garantir a previsibilidade fiscal, com o objetivo de assegurar a competitividade do Brasil no cenário internacional”, finalizou.
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