O PORTO DO AÇU NASCEU DE UM PROJETO VISIONÁRIO E SE TORNOU UMA REALIDADE LOGÍSTICA QUE PREVÊ AINDA MAIS SUCESSO EM 2024 | Petronotícias




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O PORTO DO AÇU NASCEU DE UM PROJETO VISIONÁRIO E SE TORNOU UMA REALIDADE LOGÍSTICA QUE PREVÊ AINDA MAIS SUCESSO EM 2024

Joao-Braz-PortoAcuO Porto do Açu é atualmente o maior complexo portuário e industrial privado de águas profundas da América Latina. Nasceu de um projeto visionário do empresário e hoje é uma realidade que impressiona quem o visita. Localizado no Norte do Estado do Rio de Janeiro, o Açu é um porto jovem e focado em crescimento sustentável. Ele está em operação desde 2014, mas já conta com 22 empresas instaladas e 10 terminais privados. Os seus resultados em 2023 já são impressionantes e para o ano que vem, espera-se novos êxitos aumentando ainda mais o seu sucesso comercial e empresarial. O Petronotícias convidou o Diretor de Terminais e Logística, João Braz, para participar nesta quinta-feira (14) do Projeto Perspectivas 2024, que tradicionalmente organizamos todos os anos. Ele detalha as atividades do porto e revela os bons resultados já alcançados em 2023 e mostra  perspectivas ainda melhores para 2024. São detalhes que, para quem  não conhece, vale a pena saber de todos os detalhes deste projeto vitorioso no Brasil, que atrai grandes empresas internacionais. Veja o que ele diz:

–  Como foi o ano de 2023 para sua empresa no seu segmento de negócios?

– O ano de 2023 foi seguramente o melhor do Porto do Açu desde o início das atividades, em 2016. Tivemos grandes marcos. Merece destaque omulticargas primeiro contrato assinado entre Porto do Açu e a Petrobrás para prestação de serviços para fase de pré-descomissionamento de três plataformas de produção, dando um importante passo na estratégia das duas companhias para o descomissionamento sustentável no Brasil. O acordo tem duração prevista de três anos e contempla disponibilidade de cais e serviços especializados para as plataformas no Porto do Açu.

Este contrato conecta diretamente com o Memorando de Entendimentos (MOU) assinado entre Vale e Porto do para estudar o desenvolvimento de um Mega Hub no porto, localizado na região norte do Estado do Rio de Janeiro, para fabricação de HBI (“hot briquetted iron” ou ferro-esponja). O complexo industrial deverá receber em um primeiro momento pelotas da Vale e poderá incluir uma planta de briquete de minério de ferro, para alimentar a planta de HBI, matéria-prima essencial para o processo de descarbonização da cadeia siderúrgica brasileira e internacional.

navio altoA iniciativa é pioneira ao contemplar um estudo técnico coordenado pelo Porto do Açu e acadêmicos do setor, que propõem a utilização de HBI como carga parcial nos alto-fornos, o que reduz a emissão de gases de efeito estufa e aumenta a produtividade do processo siderúrgico sem a necessidade de substituição dos ativos produtivos existentes, como os próprios alto-fornos e as aciarias.

Avançamos também na parceria com a Toyo Setal para desenvolver uma planta de produção de fertilizantes nitrogenados no Porto do Açu (RJ). As empresas estão trabalhando em conjunto na estruturação, desenvolvimento, licenciamento ambiental e busca por investidores estratégicos para o projeto. A estimativa é que a futura planta tenha capacidade de produzir 1,38 milhão de toneladas de ureia e 781,5 mil toneladas de amônia por ano a partir do aproveitamento do gás natural, com investimento de U$ 2 a U$ 3 bilhões.

Em 2023, o Terminal Multicargas também bateu recordes, impulsionados pela inauguração de dois novos galpões cobertos, totalizando trêsporto 1 armazéns, que aumentaram em quatro vezes a capacidade estática de armazenamento para 110 mil toneladas e dobraram a área alfandegada do terminal para 360 mil m², com movimentação de cargas diversas, como granéis minerais e agrícolas, fertilizantes, produtos siderúrgicos, entre outros.

Que sugestões gostaria de passar para o governo ou para o mercado com o objetivo de melhorar as condições de negócios no Brasil?

– A transição energética é uma grande oportunidade para o Brasil e o Porto do Açu trabalha para ser protagonista neste novo mercado. Os incentivos governamentais são impositivos para que esses projetos saiam do papel. Neste ano, tivemos avanços no âmbito legislativo, com a aprovação de projetos que há muito tempo esperávamos, que garantirão a segurança jurídica e os investimentos necessários para avançarmos em projetos de transição energética. Mas ainda é preciso que o Senado aprove o projeto de lei do hidrogênio de baixo carbono e o projeto de lei das eólicas offshore. Além deles, também estamos acompanhando as porto 3 valediscussões em torno do PL do Combustível do Futuro, que deve ser aprovado no próximo ano, e o Plano de Transformação Ecológica apresentado pelo Ministério da Fazenda, que busca atrair investimentos estrangeiros para a pauta verde brasileira.

Em âmbito estadual, o Porto do Açu realizou também em novembro a audiência pública para licenciar 1 milhão de metros quadrados para a instalação de um hub de hidrogênio e derivados de baixo carbono no porto-indústria, promovida pela Comissão Estadual de Controle Ambiente (CECA), com apoio do Instituto Estadual do Ambiente (INEA). O licenciamento ambiental prévio da área foi considerado estratégico pelo Governo do Rio e é um atrativo e facilitador para a instalação de futuras empresas que queiram construir e operar plantas de hidrogênio de baixo carbono e derivados no Porto do Açu, em conexão com o planejamento nacional e estadual de transição energética e neoindustrialização verde, como forma de reindustrializar o Brasil e reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

Também foi fundamental a inclusão da EF118 no PAC, reforçando a importância do Porto do Açu como corredor logístico nacional. De maneiraPORTO DO ACU imediata, a conexão ferroviária do Açu possibilita a movimentação de 16 milhões de toneladas/ano, sendo 8 milhões de toneladas de grãos. A previsão é que em 2035, o Açu recebe por ferrovia cerca de 26 milhões de toneladas pela ferrovia. Além disso, há uma enorme oportunidade de desenvolvimento industrial a partir da conexão ferroviária. Entre eles podemos destacar a movimentação de fertilizantes que serão produzidos no Porto do Açu; a implantação de plantas de HBI (aço verde) e a movimentação de derivados, por exemplo. Todas essas oportunidades geram emprego e renda e contribuem para a reindustrialização do estado do Rio de Janeiro.

 

– Quais são as suas perspectivas de negócios do seu segmento para este novo ano que está para começar e quais as perspectivas da nossa economia para o ano vem?

porto platadfrma– Para o próximo ano, a expectativa do Porto do Açu é de aumentar ainda mais a movimentação pelo Terminal Multicargas e avançar nos estudos e parcerias anunciadas para a instalação de projetos de hidrogênio de baixo carbono e eólica offshore.

O pré-descomissionamento das plataformas da Petrobrás deve iniciar ainda no primeiro trimestre de 2024, o que deve impulsionar também novos contratos para este serviço ao longo do ano.

Todas essas ações serão revertidas em mais empregos e capacitação na região, o que mantém o Porto do Açu como principal projeto estruturante do Estado do Rio, atraindo investimentos globais para o norte fluminense.

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