O QUE JÁ ERA RUIM, FICOU PIOR: PETROBRÁS SUSPENDE INVESTIMENTOS E REDUZIRÁ RITMO DE CONSTRUÇÃO DO COMPERJ E DA RNEST | Petronotícias




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O QUE JÁ ERA RUIM, FICOU PIOR: PETROBRÁS SUSPENDE INVESTIMENTOS E REDUZIRÁ RITMO DE CONSTRUÇÃO DO COMPERJ E DA RNEST

Graca FosterO saco de maldades  que o ministro Joaquim Levy dizia não ter foi transferido para a presidente da Petrobrás Graça Foster, que falou à imprensa nesta quinta-feira (29) só para dar más notícias e tentar explicar os absurdos financeiros e contábeis que a companhia que dirige está vivendo. Depois de ter jogado por terra as promessas do ex-presidente Lula e as promessas do governo em construir as refinarias Premium I e II, ela disse que irá cortar investimentos da empresa a ponto de reduzir a carteira de exploração de petróleo ao mínimo necessário e que irá também desacelerar o ritmo das obras do Comperj, refinaria em construção em Itaboraí, região metropolitana do Rio.

A empresa também manterá parada a obra da unidade de fertilizantes, no Mato Grosso do Sul, cujo contrato com o consórcio construtor (Galvão/Sinopec) foi rompido no final do ano passado. A unidade, segundo Graça, está 85% concluída e uma nova licitação será “conduzida com a velocidade necessária”, seja lá o que significa isso.

Mas não é só isso: a empresa  não tem mais data definida para lançar a segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima, a Rnest. A previsão inicial para o lançamento era maio de 2015 com capacidade de processar 115 mil barris por dia. Com a paralização da obra do SNOX, filtro-coração do empreendimento que estava sob a responsabilidade da Alumini, empresa que a estatal deve R$1,2 Bilhão, as obras foram comprometidas.

“A Rnest está em função da revisão dos contratos. E não temos uma data para o segundo trem da Rnest”, disse José Carlos Cosenza, diretor de Abastecimento.

É isto que o mercado pode esperar na entrada de mais um ano da Administração Graça e seus diretores. São algumas das medidas, ainda não detalhadas, que indicam o caminho que a estatal vai tomar para cortar os investimentos em 30% este ano. Dos US$ 44 bilhões anteriormente previstos, para cerca US$ 33 bilhões. A ideia da empresa é reduzir o ritmo dos projetos que “trazem pouca ou nenhuma contribuição para o caixa da empresa” neste ano e em 2016. A estatal passou de bestial à besta em poucos anos. Hoje, ela é o motor do desemprego no país.

Haverá também revisão da política de preços para os derivados que não sejam gasolina e diesel. Ela não deu maiores detalhes, mas disse que esta revisão atingirá combustíveis como óleo combustível, GLP para o setor industrial e o asfalto, também derivado de petróleo cru. Foster sinalizou uma mudança do subsídio que é dado a esses produtos.

Como resposta, a empresa viu mais uma vez suas  ações voltarem a desabar,  empurrando a Bolsa brasileira para o vermelho, ainda com avaliações negativas em relação ao balanço não auditado da companhia no terceiro trimestre de 2014, que não contabilizou perdas com corrupção. A empresa perdeu R$ 16,6 bilhões em apenas dois dias.

A Petrobrás só deve lançar o Plano de Negócios 2015-2019 no final do primeiro semestre deste ano. Segundo Graça, a essência desse plano é a revisão do crescimento da empresa.

“Em 2014, levamos em fevereiro o Plano de Negócios e Gestão e o Plano de 2030. Supomos que no fim do primeiro semestre vamos ter mais certeza de variáveis como câmbio e Operação Lava-Jato. Seria prematuro apresentar um PNG tão cedo. A Petrobrás revê seu crescimento e tem mais espaço em 2016 e 2017 e vamos evitar contratar mais dívidas. Se a área de exploração era prioritária,  hoje ela toma uma dimensão maior. É prioritária e seletiva. Projetos de menor atratividade vão para o final da fila.”  

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Existe algum outro meio de profissionalizar o comando da Petrobras que nao seja a privatizacao? Tirar das maos corruptas do governo o controle dessa tao importante empresa? Olhemos o caso da Vale… deste jeito estamos ferrados!!!