O SETOR DE PETRÓLEO VIVE ILHAS DE INSTABILIDADES NO MUNDO E PETROBRÁS SENTE A QUEDA EM SUAS RESERVAS

wswswswsdDados comparativos interessantes no mundo do petróleo. No Oriente Médio, com reservas gigantescas de petróleo e gás, o Irã não pode vender no mercado aberto ou se comprometer a entregar os seus produtos, porque está sob a mira da lança das sanções econômicas americanas. Quem comprar do Irã tem que pagar o preço de não comercializar nada com os Estados Unidos. Aqui e ali, o país vai burlando essas sanções comercializando o maior produto de sua carteira de exportação para alguns poucos países. Como a Venezuela, que também sente espetada em seu corpo a mesma lança que fere o Irã.

No caso da Venezuela, a coisa é ainda pior, porque além de estar sob essa condição de imposição, o país vive uma ditadura que esmaga seu povo e tem sua dedededdeinfraestrutura se dissolvendo, sem poder atender nem a população, que foge do país para a Colômbia e o Brasil. A Venezuela nada pode fazer com as suas gigantescas reservas de petróleo enterradas, talvez as maiores do mundo. A não ser que o ditador Nicolás Maduro saia ou os americanos mudem sua política, com a possível mudança de Trump para Biden. Sua estrutura de exploração está aos pedaços. Suas refinarias ainda piores. Não conseguem refinar nem para atender ao mercado interno. Precisa de nafta, que não produz, para afinar o óleo grosso. Não há combustível, eletricidade, alimentação. Um verdadeiro caos.

swswsdefrgrgfNa Arábia Saudita, as exportações, incluindo petróleo bruto e produtos de petróleo, subiram para 7,09 milhões de barris por dia (bpd) em setembro, na comparação com 6,99 milhões de bpd em agosto, mostraram os dados oficiais que acabaram de ser divulgados pela estatal Saudi Aramco. Os dados mensais sobre exportações são entregues pelo governo saudita e de outros países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, à chamada Iniciativa Conjunta de Dados (Jodi), que então disponibiliza os números em seu site.

Os Estados Unidos, que aproveitaram a pandemia e os preços do petróleo em queda para encher todos os seus reservatórios disponíveis  para guardar petróleo, wswddddddvê o seu projeto de produção de óleo de Xisto mergulhar, em função de perder a competitividade.  Mas a produção de petróleo no país deve crescer em 1,06 milhão de barris por dia (bpd) em 2020 e atingir um recorde de 13,30 milhões de bpd, acredita a Agência Internacional de Energia, elevando sua estimativa em relação ao aumento de 930 mil bpd projetado anteriormente. Para 2021, espera-se um crescimento de 410 mil bpd na produção norte-americana, para 13,71 milhões de bpd, de acordo com a AIE. O “boom do shale” (petróleo não convencional) ajudou a fazer dos Estados Unidos  o maior produtor de petróleo do mundo, ultrapassando Arábia Saudita e Rússia. Tanto oferta quanto consumo globais devem aumentar em 2020, com a oferta por produtores não membros da Opep, particularmente EUA, Noruega, Brasil e Canadá, mais do que compensando a menor produção dos países da Opep. Para 2020, a AIE espera que a demanda por petróleo e outros combustíveis líquidos dos EUA cresça em 160 mil bpd, para 20,64 milhões de bpd. A cifra fica abaixo da projeção anterior da agência, que estimava um aumento de 170 mil bpd, para 20,75 milhões de bpd. Já em 2021 a demanda deve avançar em 70 mil bpd, atingindo 20,71 milhões de bpd, acredita a Agência Internacional de Energia.

E a Petrobrás, com está em toda essa situação econômica provocada pelo “fique em casa,” como reação à pandemia? O seu presidente, Roberto Castello Branco, contestado por alguns e respeitado por outros, já deixou a sua marca do mercado: a de vendedor de ativos. Para ele, tudo pode estar à venda. Suas promessas de quando assumiu o cargo,  vem sendo cumpridas  à risca. Quem gostou é desse jeito, se não gostou, é do mesmo jeito. Lá já se foram os anéis e agora faltam apenas os dedos. Gasodutos, postos, fábricas de fertilizantes, empresas menores e as refinarias estão no bico para vencer.

Castello Branco afirma que quer preservar apenas os poços de petróleo, mesmo que venda alguns. Todo esse rebuliço na empresa traz um fator preocupante para qualquer empresa de petróleo. Uma petroleira vale pelo tamanho das reservas que tem. Para muitos, internamente na Petrobrás, essa luz está acesa desde 2014. ededededdNem mesmo o pré-sal  impediu que a Petrobrás fechasse o ano de 2019 com o menor volume de reservas provadas deste século, segundo dados divulgados pela empresa. As reservas estão caindo desde que a estatal adotou como prioridade atingir metas financeiras, principalmente de redução da dívida, em detrimento dos investimentos na área operacional, para explorar e descobrir novas oportunidades.

À medida que essas reservas são consumidas, é preciso descobrir novas. Caso contrário, os volumes decrescem ano a ano. A empresa precisaria descobrir mais petróleo do que retira do mar, o que depende de investimento na exploração. No pré-sal, há projeções de um grande volume de óleo armazenado, que não pode ser contabilizado como reserva porque não há certeza de que ele pode ser comercializado. Há pelo menos 176 bilhões de barris de recursos não descobertos e recuperáveis de petróleo e gás na área do polígono do pré-sal localizada do litoral do Espírito Santo até Santa Catarina. Mas transformar esse volume em reservas provadas, são outros quinhentos.

Isso exigiria um volume significativo de investimentos. Justamente onde os recursos estão diminuindo. De 2014 a 2019, os investimentos em exploração e produção despencaram de US$ 25,5 bilhões para US$ 10,7 bilhões.  Em 2019, as reservas provadas da Petrobrás estavam em 9,59 bilhões de barris equivalentes de petróleo, uma queda de mais de 3,5 bilhões comparado a 2014. As reservas descobertas não foram suficientes para repor todo o petróleo consumido no período até agora.

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