O TESTE DE LONGA DURAÇÃO DO CAMPO DE LIBRA SÓ INICIARÁ DEPOIS DA PETROBRÁS SUBSTITUIR OS UMBILICAIS QUE CAÍRAM NO MAR
A PPSA confirmou: a Petrobrás vai atrasar o teste de longa duração na área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. A previsão era produzir o primeiro óleo neste mês. Com isso, “possivelmente, o cronograma de comercialização do óleo será revisto”, afirmou o presidente da Pré-Sal Petróleo, Ibsen Flores Lima, responsável pelos interesses da União nos projetos de pré-sal. Caberá à PPSA vender a fatia de óleo de Libra pertencente ao governo. Inicialmente, a comercialização aconteceria em outubro. Não há nova data para iniciar produção e vender o óleo.
O atraso pode não ser muito longo. Nos preparativos para o início dos testes de extração, houve um acidente e a queda dos umbilicais que seriam acoplados a árvore de natal na cabeça do poço. O cronograma para a retomada dos trabalhos ainda não foi estabelecido, porque ainda não foram apuradas as circunstâncias desse acidente. Pode ter sido um erro de operação devido as condições do mar na hora do lançamento ou pode ter havido uma dobra no umbilical no momento do lançamento. Ou mesmo as duas coisas. A dobra dos umbilicais é conhecido no jargão dos profissionais desse segmento como “quincar”. Se o umbilical dobrar, pode comprometer todo o seu funcionamento. O fato é que os umbilicais não foram acoplados e caíram no mar. Equipes da Petrobrás estão fazendo todas as apurações. Esse tipo de acidente é mais comum acontecer em condições severas e adversas.
A Petrobrás ainda não definiu o que vai fazer para solucionar o problema. A demora pode não ser muito longa porque, em geral, os umbilicais têm características semelhantes e podem ser produtos de prateleira. Se Libra tiver as mesmas características de outros poços, isso não será um problema grave. A MFX, empresa brasileira fornecedora, com grande experiência, até mesmo internacional, pode ter esse produto já pronto ou em vias de produção.
Há diversos tipos de umbilicais que atendem a várias funções diferentes. São hidráulicos, eletro-hidráulicos, ópticos, de injeção e elétricos capazes de realizar atividades em poços localizados em profundidades de até 3.000 metros. Esses Umbilicais são produzidos com diferentes configurações para atender às mais diversas aplicações. Com comprimentos contínuos superiores a 10 quilômetros.
São seguros do ponto de vista de durabilidade. Há produtos com garantias de até 30 anos. Os Umbilicais ficam acoplados nas árvores de Natal ou nos Manifolds, que concentram e controlam um grupo de poços num campo, através de fluídos hidráulicos. Eles são responsáveis por informações para abertura e fechamento de válvulas, injeção de fluídos químicos em diferentes temperaturas, produtos anticorrosivos para evitar o colapso da linhas, conhecido do HCR – High Collopse Resistence. Podem injetar álcool para congelamento dos poços, produtos anti-parafina e até mesmo fibras óticas que enviam dados via internet para se saber as condições do local, solo, temperaturas etc.
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