OAS BUSCA RECEBER R$ 125 MILHÕES DA PETROBRÁS
A OAS, que se vê em meio a um momento complicado, com seu nome entre as empresas envolvidas nas investigações em torno da Petrobrás, está tentando receber R$ 125 milhões da estatal. É um cheque difícil se ser assinado nesse momento.
Vendo esse tiroteio sem fim, com acusações resvalando para todo lado, mesmo que seja reconhecido o direito ao valor por parte da OAS, provavelmente referente a aditivos contratuais, quem será o gerente ou diretor da Petrobrás que aprovará o repasse? Na atual conjuntura, a nota vai ficar esquecida na gaveta.
Ainda assim, a empresa disse, em teleconferência com investidores, que essa é uma das medidas que está buscando para melhorar a situação financeira do grupo.
Outra ação em estudo é a possibilidade de vender sua participação na Invepar, que controla o aeroporto de Guarulhos. Para isso, o grupo OAS já vem negociando com potenciais investidores e avaliando propostas.
A diretoria do grupo foi questionada também sobre as consequências que a Operação Lava Jato pode gerar para os negócios da OAS, mas os executivos tentaram afastar os riscos. Disseram que a possibilidade de proibição de contratos com o setor público, por ser declarada inidônea, só incorreria sobre a Construtora OAS. Além disso, disseram que o problema não deve afetar a capacidade de captar recursos do grupo, já que é a OAS Investimentos quem costuma obter financiamentos públicos. No entanto, o estatuto do BNDES prevê que a declaração de inidoneidade pode se estender aos controladores das empresas.
Nos últimos dias, foram indiciados cinco executivos da OAS por conta das investigações da Operação Lava Jato: José Aldemário Pinheiro Filho (foto), José Ricardo Nogueira Berghirolli, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Mateus Coutinho de Sá Oliveira e Alexandre Portela Barbosa. Pinheiro Filho é o presidente da empresa, Oliveira é vice-presidente do conselho da companhia e Medeiros é diretor da construtora.
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