OAS DESISTE DE ASSINAR ACORDO DE LENIÊNCIA COM A CGU
A OAS desistiu de negociar com a Controladoria Geral da União (CGU) a assinatura de acordos de leniência. O acordo entre a empreiteira e a CGU permitiria que a empresa, atingida em cheio pela Operação Lava-Jato e mergulhada em dívidas, voltasse a prestar serviços ao governo.
Após entrar com pedido de recuperação judicial em março, a companhia deve agora ser considerada inidônea. O endividamento da empreiteira, conforme estimado no plano de recuperação, é de R$ 8,8 bilhões. A inidoneidade levaria a OAS, que possui mais de vinte obras de infraestrutura no país, a perder sua maior contratante, a União.
Outras empresas do setor ainda negociam com a controladoria, como a Galvão Engenharia, Schahin Óleo e Gás e a Engevix, todas afetadas pelas investigações da Lava-Jato ainda em curso.
O acordo de leniência permitiria que a OAS continuasse a participar de licitações públicas enquanto colaborasse com as investigações. A empreiteira teve alguns de seus principais executivos presos em decorrência da Operação Lava-Jato no ano passado, como o ex-presidente, José Adelmário Pinheiro Filho (foto), o vice-presidente do Conselho Administrativo, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, e o diretor, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, que passaram ao regime de prisão domiciliar no final de abril deste ano.
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