OAS É MAIS UMA GRANDE EMPRESA BRASILEIRA A PEDIR RECUPERAÇÃO JUDICIAL
A crise brasileira continua levando grandes empresas ladeira abaixo e agora incluiu uma das maiores do País, a OAS, na lista de pedidos de recuperação judicial. O grupo, que tem atuação em diversas áreas além do setor de óleo e gás, como infraestrutura, transportes e energia, entrou com o pedido nesta terça-feira (31). O plano de recuperação da empresa inclui a venda de ativos para o pagamento de dívidas e para capitalizar o braço voltado à construção e montagem, seu foco principal.
A empresa já vinha passando por problemas em contratos com a Petrobrás no passado, mas foi definitivamente afetada pela Operação Lava Jato, sendo uma das principais acusadas de participação nos esquemas de corrupção na estatal.
O pedido de recuperação judicial inclui a Construtora OAS, a OAS, a OAS Imóveis, a SPE Gestão e Exploração de Arenas Multiuso, a OAS Empreendimentos, a OAS Infraestrutura, a OAS Investments, a OAS Investments GmbH e a OAS Finance .
A OAS tem alguns de seus principais executivos presos desde o ano passado. São eles: José Adelmário Pinheiro Filho, presidente da empresa, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, vice-presidente do Conselho Administrativo, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor, e o funcionário José Ricardo Nogueira Breghirolli.
O dono do grupo OAS, César Mata Pires (foto), até pouco tempo atrás era considerado um dos homens mais ricos do Brasil, com uma fortuna que chegou a ser avaliada em US$ 7 bilhões em 2014. No entanto, com a derrocada da crise, o valor de seus negócios foi se deteriorando, chegando a menos de US$ 1 bilhão no último mês, segundo índice da Bloomberg.
O plano de recuperação da OAS inclui também a venda suas participações na Invepar (24,44% do negócio), a fatia no Estaleiro Enseada (17,5%), na OAS Empreendimentos (80%), na OAS Soluções Ambientais (100%), na OAS Óleo e Gás (61%) e na OAS Defesa (100%), além da Arena Fonte Nova (50%) e da Arena das Dunas (100%).
“As dívidas contraídas até a data de hoje (31 de março) serão congeladas e renegociadas. Todas as que forem feitas a partir do mês de abril serão integralmente cumpridas. Pagamentos de salários e benefícios de colaboradores não serão afetados pelo processo de Recuperação Judicial. De forma direta ou indireta, são mais de 100 mil colaboradores envolvidos”, afirmou a empresa em comunicado.
Danem-se! Mamaram na teta, levaram projetos a base de propinas, etc etc. Agora têm mais é que se fuder. Que feche, empresa que nao agrega nada aos engenheiros e ao povo.
Desejo sucesso na recuperação judicial, não só para a OAS como para as demais gigantes que estão estagnadas, sem poder gerar frente de trabalho. Torço para que sejam felizes e consigam.