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OBRAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO PODEM DOBRAR INTERCÂMBIO DE ENERGIA ENTRE NORDESTE E SUDESTE ATÉ 2030

o-que-e-engenharia-do-proprietario-em-linhas-de-transmissao-1A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nesta semana novos estudos sobre a expansão das linhas de transmissão na região Nordeste brasileira. Os trabalhos foram realizados tendo em vista que a capacidade de geração nas regiões Norte e Nordeste deve crescer expressivamente nos próximos anos. Por isso, esse movimento deve ser acompanhado também de novas obras para escoamento e transmissão dessa nova energia que será injetada na rede. Durante o estudo de diagnóstico, foram contabilizados 34 GW de geração eólica e solar já contratada ou com parecer de acesso até 2025 na região Norte/Nordeste. Com o total de obras recomendadas pelos estudos, a capacidade de intercâmbio entre as regiões Norte/Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste quase dobrará, passando de 17,5 GW (prevista para o ano de 2027) para aproximadamente 32 GW até o ano 2030, viabilizando assim o escoamento de uma oferta de geração adicional da ordem de 32 GW nas regiões Norte/Nordeste.

tabelaUm dos estudos (Volume 2) é focado apenas na expansão da Área Norte da região Nordeste, que avaliou especificamente a malha de transmissão que atende aos estados do Ceará e Piauí. Dada a magnitude do potencial previsto, a expansão recomendada nesse relatório contemplou a implantação de dois grandes eixos em 500kV interligando os estados do Ceará, Piauí, Maranhão e Tocantins, reforçando a interligação Norte-Nordeste e propiciando novos pontos de suprimento e subestações coletoras nos estados do Piauí e Ceará.

As instalações recomendadas no trabalho correspondem a um investimento total da ordem de R$ 6,8 bilhões, com aproximadamente 2.200km de novas linhas de transmissão nos níveis de tensão de 500kV e de 230kV, quatro novas subestações de Rede Básica em 500kV, além de expansões na rede existente.

Já o Volume 3 avaliou o sistema de transmissão dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. A EPE recomendou expansões com investimentos da ordem de R$ 4,3 bilhões em novas instalações de Rede Básica, com aproximadamente 1500 km de novas linhas de transmissão em 500kV e 230kV, 3 novas subestações de Rede Básica e reforços em instalações existentes.

linhaPor fim, a EPE também publicou um estudo que tratou da expansão das interligações regionais, trazendo um conjunto de recomendações para expansões na malha de 500kV das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste bem como a implantação de um bipolo em corrente contínua em 800kVcc com extensão aproximada de 1440 km e capacidade nominal de 5GW interligando as subestações Graça Aranha, no estado do Maranhão, à subestação Silvânia no estado de Goiás.

Além disso, foram recomendados aproximadamente 1.990 km de novas linhas de transmissão no nível de tensão de 500kV, em corrente alternada, e uma nova subestação de Rede Básica. O volume total de investimentos associado a esse estudo é da ordem de R$ 21,3 bilhões de reais, sendo R$ 18,2 bilhões referentes a obras do horizonte determinativo”, detalhou a EPE.

Além dos reforços para a interligação entre os sistemas Norte/Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste, ainda está prevista a recomendação de um segundo bipolo em corrente contínua, que está em fase de estudos e deverá ser divulgado pela EPE, a partir de julho de 2022, no relatório “Estudo de Expansão das Interligações Regionais – Parte III”. Os documentos podem ser lidos na íntegra neste link.

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Traçado esquemático das linhas de transmissão avaliadas no Estudo de Escoamento de Geração da Região Nordeste Volumes I, II e III e Estudo da Ampliação das Interligações Regionais

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