OBRAS DO COMPERJ SÃO PARALISADAS APÓS PROTESTOS CONTRA ATRASOS NOS PAGAMENTOS

Cerca de 15 trabalhadores da Toshiba e de outras subcontratadas que prestavam serviços para a Fidens fizeram manifestação na entrada do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), paralisando as atividades por duas horas, na manhã sesta quinta-feira (10). Eles reivindicavam os pagamentos do salário de junho e dos tíquetes refeição e alimentação.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Plano da Construção, Montagem e Manutenção Industrial de São Gonçalo, Itaboraí e Região (Sinticom), os diretores da Toshiba se comprometeram a quitar as pendências até a próxima segunda-feira (14). O sindicato irá pedir uma audiência no Ministério Público do Trabalho, em Itaboraí, com a participação da Petrobrás, para discutir a situação das empresas que alegam não dispor de dinheiro para efetuar o pagamento da rescisão contratual dos trabalhadores.

As obras do Comperj já haviam sido paralisadas no dia 2 de julho após manifestação de trabalhadores da Fidens e da Jaraguá, que possuíam contratos com a Petrobrás para obras do complexo. A reivindicação era pelo pagamento de salários atrasados e indenizações trabalhistas. As empresas tiveram os contratos cancelados pela estatal em maio após desentendimentos quanto ao cumprimento dos termos e pagamento das obras, que são citadas na investigação da operação Lava Jato, da Polícia Federal, e teriam contratos superfaturados intermediados pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa.