OBRAS EM BELO MONTE SÃO PARALISADAS MAIS UMA VEZ POR OCUPAÇÃO

As obras da usina de Belo Monte foram mais uma vez ocupadas por índios e membros de movimentos sociais, desta vez na ensecadeira do Sítio Pimentel, um dos canteiros de obras do empreendimento, no Pará. De acordo com a Norte Energia, responsável pela megausina, há cerca de 80 pessoas no local. Já o Movimento Xingu Vivo afirma que são 120 pessoas.

De acordo com o movimento, além dos índios, há muitos pescadores envolvidos na ocupação, que defende uma solução para a transposição de barcos de um lado a outro da ensecadeira antes que o rio seja fechado.

A empresa afirma que os manifestantes tomaram uma ambulância, um ônibus e os postos de vigilância do canteiro, onde um motorista do consórcio ficou ferido, além de alguns operários terem sido mantidos reféns por algumas horas e depois liberados.

Segundo a Norte Energia, o canteiro foi completamente evacuado, com a transferência de 900 trabalhadores para outro local.

“A Norte Energia ingressará na comarca de Altamira com ação que visa à reintegração de posse do canteiro ocupado. Até o momento não foi apresentada qualquer reivindicação ou justificativa pela invasão”, afirmou o consórcio em nota.

Já o movimento diz que, “de acordo com os indígenas, desta vez a ocupação deve permanecer até que todos os acordos firmados em julho tenham sido cumpridos. Os pescadores também reafirmam a intenção de permanecer por tempo indeterminado”, diz a organização em nota.