UNIVERSIDADE GAÚCHA CRIA INSTITUIÇÃO CIENTÍFICA COM FOCO NO SETOR DE ÓLEO E GÁS | Petronotícias




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UNIVERSIDADE GAÚCHA CRIA INSTITUIÇÃO CIENTÍFICA COM FOCO NO SETOR DE ÓLEO E GÁS

Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) –

H778F0625Com vocação para tecnologias voltadas às indústrias naval e offshore, o Oceantec, da Universidade Federal do Rio Grande, terá o setor de Óleo e Gás como prioritário. Segundo o vice-reitor da Universidade Federal do Rio Grande, Danilo Giroldo, a instituição científica e tecnológica terá como primeira empresa âncora o estaleiro ECOVIX, que detém a maior carteira de encomendas da região com a Petrobrás e é responsável pela construção de oito cascos FPSOs e três navios sondas.

No total, serão investidos R$ 11 milhões por meio de convênios com a Secretaria de Ciência, Inovação de Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Sul (SCIT-RS) para a construção de três prédios. Ainda são necessários cerca de R$ 6 milhões para que possam ser lançados editais de concorrência pública de ocupação de outros lotes em cinco hectares de área disponível.

Como surgiu o projeto do Oceantec?

A ideia nasceu da percepção conjunta entre a FURG e a Prefeitura Municipal de Rio Grande do potencial da região para desenvolver um empreendimento dessa natureza. A Universidade tem vocação para os ecossistemas costeiros e oceânicos e grande potencial de formação de recursos humanos e desenvolvimento de projetos de pesquisa e inovação tecnológica, além de contar com extenso parque de laboratórios, grupos de pesquisa e programas de pós-graduação orientados para a resolução de problemas reais associados ao desenvolvimento com sustentabilidade.  

Do outro lado, há uma economia tradicional fortemente orientada ao sistema costeiro e oceânico, incluindo atividades portuárias e industriais, e que vem atravessando um intenso ciclo de crescimento associado à indústria naval, com estaleiros voltados à construção e à integração de plataformas para exploração de óleo e gás e com uma carteira de contratos com a Petrobrás de quase US$ 10 bilhões.

As políticas públicas que incentivam o estabelecimento de ambientes de inovação, dentre elas a Lei do Bem, a Lei estadual da inovação, o Programa Gaúcho de Parques Tecnológicos, entre outros, criam um cenário ideal para que se desenvolva um Parque Tecnológico ancorado na matriz produtiva da região e nas competências da Universidade, mediada por políticas públicas operacionalizadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal.

O Oceantec fomentará a Inovação em que setores?

O Oceantec tem vocação para tecnologias oceânicas em um senso amplo, desde as indústrias naval e offshore, passando por instrumentação para observação oceânica, desenvolvimento de ferramentas para atividades de logística, energia e biotecnologia. Mas o laboratório não será voltado exclusivamente a essas atividades, podendo trabalhar com setores diversos a depender das oportunidades.

Que importância terá o setor de Óleo e Gás no Oceantec?

O setor de Óleo e Gás é prioritário no Oceantec e caracteriza sua primeira ação concreta voltada ao desenvolvimento tecnológico, associada ao aumento da produtividade da indústria offshore. No longo prazo, caso se confirme a viabilidade de extração de óleo ou gás na bacia de Pelotas, abre-se um novo leque de oportunidades associadas ao setor.

Quais empresas já manifestaram interesse em fazer parte do centro?

O estaleiro ECOVIX, que detém a maior carteira de encomendas da região com a Petrobrás e é responsável pela construção de oito cascos FPSOs e três navios sondas, criou um Instituto específico para a Inovação, o TECVIX. Será a primeira empresa âncora do laboratório.

Está em curso também, na região, a estruturação de um Arranjo Produtivo Local em Construção Naval, que terá no Oceantec o seu principal pilar de atração de empresas de base tecnológica, visando aumentar a competitividade local.

Além disso, diversos segmentos já demonstraram interesse na área de desenvolvimento de ambientes virtuais para treinamento, instrumentação para observação oceânica e biotecnologia, mas essas parcerias tendem a se concretizar a partir de 2015 com a conclusão dos espaços físicos para instalação de empresas.

Qual será o investimento na construção de todas as unidades?

R$ 17 milhões, no total. O Oceantec tem três convênios com a Secretaria de Ciência, Inovação de Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Sul (SCIT-RS). Cada convênio refere-se à instalação de um prédio com finalidades específicas, contando com recursos da SCIT-RS, Prefeitura Municipal de Rio Grande e FURG.

O primeiro convênio prevê a construção do prédio sede e tem um investimento da ordem de R$ 5 milhões, com potencial para instalar toda a infraestrutura da sede e de mais seis empresas de base tecnológica. A previsão para a conclusão é 2016.

O segundo convênio prevê um investimento da ordem de R$ 3 milhões e nele será instalado o TECVIX, além de mais quatro empresas de base tecnológica e um laboratório de suporte ao desenvolvimento tecnológico da construção naval (TECNAVAL). Espera-se que esse prédio esteja concluído no segundo semestre de 2015.

O terceiro convênio prevê a construção de um prédio idêntico ao do segundo, com investimento de cerca de R$ 3 milhões e espaço para instalar mais cinco empresas. A urbanização completa dos cinco hectares de área disponível do OCEANTEC necessita de mais cerca de R$ 6 milhões para que possam ser lançados editais de concorrência pública de ocupação de lotes infraestruturados, além dos espaços edificados nos prédios previstos nesses três convênios.

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