ODEBRECHT, CAMARGO CORRÊA, ANDRADE GUTIERREZ E UTC PEDEM EMBARGO DA LICITAÇÃO DE ANGRA 3
O Consórcio UNA 3, formado pelas empresas Andrade Gutierrez S.A., Odebrecht, Camargo Corrêa e UTC, apresentou uma impugnação ao edital da concorrência para a montagem eletromecânica da Usina Nuclear Angra 3. O Tribunal de Contas da União está considerando que os preços apresentados na licitação estariam superiores aos preços de referência para a construção de outras usinas nucleares, inclusive de Angra 2.
A decisão do consórcio de pedir o embargo da licitação é devido a comparação dos preços de 15 anos, quando as exigências trabalhistas eram completamente diferentes, os preços dos equipamentos e até mesmo as usinas nucleares usadas como paradigmas tem processos diferentes.
O TCU já estava questionando o processo licitatório para montagem eletromecânica, fazendo carga contra a Eletronuclear, afirmando que os índices administrativos e técnicos por ela utilizados no seu orçamento estão superestimados, com consequente aumento dos preços de referências, tal como publicado no edital de licitação. Em função de todos estes problemas, as empresas que formam os dois consórcios classificados para o trabalho de montagem pleitearam o adiamento da data da entrega das propostas, que estava marcada para esta quinta-feira (4).
Há informações de que o outro consórcio também pré-qualificado, formado pelas empresas EBE, Techint e Queiroz Galvão, também deve entrar com um embargo contra a licitação até a próxima segunda-feira (8). O consórcio também alega as mesmas razões.
O início das operações de Angra 3 já tinha sido adiado para maio de 2018, em função de mudanças planejadas na área de instrumentação e controle da futura usina, no sentido de modernizar o projeto. As novas alterações farão com que Angra 3 tenha um controle inteiramente digital. Com mais este embargo, o início de suas operações talvez sofra um novo atraso.
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