OEC TEM PARTICIPAÇÃO IMPORTANTE NA CONFERÊNCIA DA AIEA, DE OLHO NA EXPANSÃO DO MERCADO NUCLEAR BRASILEIRO
A 66ª Conferência da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que está sendo realizada em Viena, na Áustria, entra no seu quarto dia de trabalho intenso para quem participa, como a delegação brasileira, que está capitaneando algumas importantes empresas estatais, além da EBSE e a da OEC, que também participam do evento. Diariamente são realizadas diversas palestras, além de reuniões entre as delegações internacionais e entre as empresas. Hoje (28), o Petronotícias conseguiu um espaço entre essas reuniões para conversar com o Marcelo Hofke, Diretor Superintendente da OEC Brasil. Marcelo tem sob seu comando a empresa de engenharia do grupo, que atua nos segmentos das Industrias Química, Petroquímica, O&G, Indústrias de Manufatura e Manutenções Industriais, além dos demais veículos da OEC, que são voltados para as áreas de Infraestrutura, como Logística & Mineração, Infraestruturas Sociais e Energia e o Programa Nuclear.
– Como está vendo a conferência?
– A conferência está muito interessante, as soluções que a área nuclear vem trazendo para os problemas da humanidade são relevantes e vão ser cada vez mais competitivos na medida que as novas tecnologias avançam de maneira exponencial. O Brasil não pode ficar para traz e precisa ampliar as parcerias e investimentos no setor nuclear. A conferência amplifica a visibilidade do Brasil no mundo e atrai potenciais parceiros internacionais que poderão sem dúvida trazer soluções tecnológicas e financeiras para a aceleração do programa nuclear no Brasil.
– Qual o setor da OEC estará diretamente ligado ao setor nuclear?
– Nós dividimos nossa operação por especialidades. O objetivo é estarmos cada vez mais competitivos e assertivos nas concorrências e na performance de nossos Contratos nos especializando e aumentando nossa qualidade e eficiência de maneira continua. O Programa Nuclear Brasileiro está sendo cuidado justamente por nosso Setor Nuclear onde atualmente temos atuação em parceria com a francesa Naval Group no PROSUB para a Marinha do Brasil. Além disso, estamos participando do “Market Sounding” que o BNDES está executando em apoio a ENBPar e Eletronuclear na preparação para a conclusão de Angra 3.
– Como está o andamento do contrato para o submarino nuclear?
O PROSUB caminha bem e por ser um programa estratégico militar, qualquer informação adicional a Marinha do Brasil poderá esclarecer.
– Como está a empresa no projeto Angra 3?
– A OEC está desde o início junto com as autoridades brasileiras trabalhando no Programa Nuclear Brasileiro. Participamos de maneira relevante para a conclusão e entrada em operação das Usinas Angra 1 e 2, e com certeza seguiremos nessa jornada para concluirmos também Angra 3.
– E como a empresa vê a ampliação do programa nuclear brasileiro e a construção de novas usinas?
– A Energia produzida pelas Usinas Nucleares faz um papel fundamental para a Geração de Base de nosso país. Lembro ainda que as Usinas Nucleares têm emissão ZERO de CO2 e a ampliação dessa Geração de Base limpa e estável é fundamental para podermos ampliar de maneira eficiente nossa geração através de fontes renováveis que tem como fato a característica de ser uma geração intermitente. A complementaridade e sustentabilidade que existe na associação destes 2 tipos de geração de energia em nossa já bem diversificada matriz energética é única e imbatível.
– Já havia alguma agenda estabelecida com outras empresas?
– Com certeza e não posso deixar de mencionar aqui que a ABDAN vem sendo um parceiro relevante na promoção do setor nuclear brasileiro, não somente junto ao Governo brasileiro, mas também cumprindo de maneira ímpar uma agenda institucional importante na aproximação dos stakeholders internacionais com o setor nuclear no Brasil. Essa aproximação nos proporcionou termos aqui uma Agenda eficaz de negócios que esperamos que gerem bons frutos num futuro próximo.
-A OEC acompanha a evolução dos reatores para os SMRs? Acredita que as próximas serão com estes reatores?
– Os SMRs são a maior novidade do mercado e vão sem dúvida trazer uma maior flexibilidade para a ampliação da geração de Energia Nuclear na matriz energética brasileira e mundial. Mas o tema Nuclear vai muito além da Energia, hoje reatores nucleares já são usados para a Industria farmacêutica, agricultura além de enormes benefícios nas áreas de pesquisa e medicina. Com certeza a OEC está acompanhando tudo isso e continuará fazendo parte de maneira relevante no Programa Nuclear Brasileiro.
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