ÁGIO DE 3.000% POR BLOCO DA BACIA DA FOZ DO AMAZONAS E PETROBRÁS LÍDER EM AQUISIÇÕES SÃO OS DESTAQUES DO LEILÃO DA OFERTA PERMANENTE
O leilão do 5º Ciclo da Oferta Permanente, realizado no Rio de Janeiro, chegou ao fim com 34 blocos arrematados em quatro bacias diferentes. Um dos destaques foi o valor total arrecadado em bônus de assinatura, que chegou a R$ 989,26 milhões — montante recorde para uma rodada na modalidade de Oferta Permanente no regime de Concessão. Os investimentos mínimos previstos para as áreas arrematadas somam quase R$ 1,46 bilhão. Outro ponto alto do certame foi o bloco FZA-M-196, localizado na Foz do Amazonas, que registrou um ágio de quase 3.000%. Como noticiado, a área foi arrematada pelo consórcio formado por Chevron e CNPC, com um bônus de assinatura de R$ 102,2 milhões.
Em entrevista coletiva após a rodada, a diretora-geral interina da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Patricia Baran, avaliou que o resultado da licitação foi extremamente positivo, demonstrando uma grande confiança por parte dos investidores no potencial petrolífero do Brasil. Ela destacou que, ao todo, nove empresas apresentaram ofertas. A Petrobrás foi a companhia que arrematou mais blocos (13), enquanto a Chevron foi a que mais ofertou em bônus de assinatura, com um total de R$ 350 milhões.
No caso das novas entrantes, a Dilians assinará seu primeiro contrato como operadora no regime de concessão com a ANP. Com o resultado do leilão, a quantidade de blocos exploratórios no Brasil será ampliada em 8%, passando para 445 blocos. Já a área exploratória crescerá 15%, alcançando pouco mais de 200 mil km².
Patricia também comentou sobre os blocos licitados hoje cuja manifestação conjunta tem validade até amanhã (18). “A manifestação conjunta, no caso, é uma característica que os habilita a serem licitados. Esse é o propósito da manifestação conjunta do MME (Ministério de Minas e Energia) com o MMA (Ministério do Meio Ambiente). Então, eles estavam aptos a serem ofertados. Qualquer atividade nesses blocos vai depender de uma licença ambiental a ser dada pelos órgãos competentes. No caso, todos eles estavam aptos para serem bidados, uma vez que estavam com a manifestação conjunta vigente”, detalhou.
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