OGPAR OBTÉM RECONHECIMENTO DE SUA RECUPERAÇÃO JUDICIAL NA GRÃ-BRETANHA

Os caminhos para a reestruturação da OGpar podem começar a tomar forma. A companhia obteve, nesta semana, a homologação de seu processo de recuperação judicial na Grã Bretanha, o que livra a empresa de obrigações e compromissos legais relativos às suas atividades em território britânico. O processo, atualmente em trâmite na 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, concede direitos à companhia no país, e leva à suspensão do processo arbitral que diz respeito ao afretamento da embarcação FPSO OSX-3.

A concessão foi homologada pela Corte de Justiça da Grã-Bretanha. Com o reconhecimento do processo de recuperação judicial, a empresa poderá avançar em seus projetos de reestruturação. A medida busca dar fôlego à companhia em um momento de crise, suspendendo atividades que viessem a afetar sua capacidade financeira. De acordo com o comunicado emitido pela empresa, “ficam suspensas as ações ou processos relativos a bens, direitos, obrigações ou responsabilidades imputadas à OGX no território da Grã-Bretanha”.

A OGpar, antiga OGX, foi a primeira das empresas do grupo de Eike Batista a entrar com o pedido de recuperação judicial, em outubro de 2013. Na época, a companhia possui uma dívida declarada de R$ 11,2 bilhões.

Neste ano, o cenário continua negativo para a empresa, que registrou um prejuízo de R$ 68 milhões no primeiro trimestre. A companhia devolveu, no último mês, os campos de Tubarão Gato, Tubarão Tigre e Tubarão Areia à Agência Nacional do Petróleo (ANP), e vem registrando quedas na sua produção total de petróleo.