OGX NEGOCIA COM PARCEIROS PARA MINIMIZAR ATRASO NA PRODUÇÃO DOS CAMPOS DE OLIVA E ATLANTA
A OGX Petróleo e Gás, que está em recuperação judicial, mandou publicar um fato relevante para informar ao mercado as últimas informações sobre o Consórcio para exploração do Campo de Oliva. A empresa informou que as partes envolvidas decidiram renegociar determinados termos, condições e garantias existentes, relacionados ao afretamento do FPSO para o desenvolvimento do Campo de Atlanta, de maneira a viabilizar a produção de petróleo e gás. A OGX celebrou um conjunto de acordos incluindo partes direta e indiretamente envolvidas no afretamento do FPSO. Os acordos entrarão em vigor após a conclusão de determinados procedimentos pós-assinaturas. O consórcio é formado por ela, QGEP Participações, Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás, OGX Netherlands Holding Teekay Offshore Partners. O objetivo, segundo a companhia, é de minimizar os impactos relativos ao atraso da produção do FPSO Petrojarl I, que está destinado para operar no bloco.
Dentre os principais desdobramentos da renegociação para a OGX, estão o estabelecimento de solução negocial para a amortização parcial dos pagamentos devidos pela OGX em, aproximadamente, US$ 14 milhões, e a substituição de garantia originalmente acordada com a Teekay para cobrir obrigações do afretamento, a qual previa depósitos recorrentes em favor da Teekay, pela outorga de garantia diretamente à QGEP e BE através dos recebíveis relativos à 80% do resultado líquido a que a OGX fizer jus em decorrência da venda do óleo produzido no Campo de Atlanta através de depósito em conta vinculada para fins das obrigações assumidas pelo consórcio perante a Teekay. Os acordos decorrentes da renegociação estabelecem, ainda, a redução do valor de afretamento da FPSO nos 18 meses iniciais de produção. Após os primeiros 18 meses de produção, a taxa diária original entrará em vigor, e incluirá um componente variável vinculado aos preços do petróleo, possibilitando a recuperação da diferença pela Teekay.
A OGX detém participação de 40% nos Campos de Atlanta e Oliva, em parceria com QGEP (30%) e BE (30%). O projeto de desenvolvimento da produção do Campo de Atlanta encontra-se em fase de implantação, com início de produção previsto para o primeiro trimestre de 2018, conforme divulgado pela QGEP, que é a operadora do Consórcio BS-4. A OGX reforça que mantém esforços para alienação de sua participação no Bloco BS-4 a potenciais empresas interessadas.
Como eu já havia escrito antes a OGX com participação de 40% no consórcio deve estar atrapalhando o início da produção de Atlanta, que apesar de ter óleo pesado, tem uma incrível condição permo-porosa e o óleo tem boa mobilidade, apesar de denso. Pelegrino da Statoil parece ter as mesmas características e está em fraca produção. Conforme previsto no PD de Atlanta a produção deveria ser iniciada no fim de 2016 (há 2 poços produtores perfurados) que foi adiada para 2017 e agora para início de 2018, comprometendo o CAPEX do projeto por adiamento da produção. Isso deve ter pesado… Read more »