OGX PODE TER NOVA CHANCE APÓS ACORDO COM CREDORES

Com certeza não foi uma solução que agradou a todos os lados, mas para os acionistas minoritários talvez reste o consolo da frase: “melhor ter pouco de alguma coisa, do que muito de coisa nenhuma”. É assim que ficarão os que detinham cerca de 50% da Óleo e Gás Participações, ex-OGX, após o acordo desenhado para tentar salvar a empresa das dívidas de US$ 5,8 bilhões.

A companhia informou que a maioria dos detentores de títulos da dívida (bondholders) aceitou os termos do acordo, que prevê ainda um novo financiamento de US$ 200 milhões a US$ 215 milhões para reestruturar a empresa.

Para que as dívidas sejam perdoadas, os credores passarão a deter 90% do capital da petroleira, sendo que os acionistas minoritários deixarão de lado seus 50% para ficar com 5% das ações. O ex-controlador da empresa, Eike Batista, ficará no mesmo barco, diminuindo sua participação de 50% para 5%. No entanto, como ainda detém ações da OSX, que deveria receber US$ 1,5 bilhão da OGX, terá mais 4,4% da petroleira ao final do acordo, somando 9,4%.

A dívida a ser convertida em ações é dividida da seguinte maneira: US$ 3,8 bilhões referentes a detentores de títulos da dívida (bondholders), US$ 1,5 bilhão de indenização por anulação de contrato com a OSX, e US$ 500 milhões de pagamentos a outros fornecedores.

“O acordo irá facilitar uma solução mais rápida para a situação financeira da OGX e proporcionará à companhia um novo começo. É um importante voto de confiança no futuro da OGX e a companhia agora conta com bases sólidas para participar das perspectivas promissoras do setor brasileiro de petróleo”, afirmou o presidente da empresa, Paulo Narcélio.

A proposta de reestruturação ainda requer a aprovação de todos os credores e do juiz responsável pelo processo de recuperação judicial da OGX.