OGX TEM PREJUÍZO MAIOR NO TRIMESTRE E BUSCA SÓCIO PARA VENDA DE FATIA NO BLOCO BS-4
A OGX não está tendo refresco no processo de recuperação judicial e viu sua situação se agravar no terceiro trimestre deste ano, quando seu prejuízo avançou 50,8% em relação ao mesmo período de 2015, atingindo R$ 293,9 milhões. Para tentar melhorar o quadro, a empresa anunciou que está buscando sócios para uma parte da sua fatia no bloco BS-4, onde fica o campo de Atlanta.
A empresa teve uma queda na receita no período de 59,6% comparada ao mesmo trimestre de 2015, para R$ 92,5 milhões, com a produção se mantendo estável, em cerca de 9,184 mil barris por dia (total de 845 mil barris no trimestre), após a retomada da operação do campo de Tubarão Martelo, que impactou em R$ 100 milhões o balanço por conta de custos operacionais.
“Conforme previsto no Plano de Recuperação da OGX, a alienação de ativos é uma das medidas de reestruturação da companhia. Os sucessivos atrasos na chegada do FPSO Petrojarl I [que vai operar em Atlanta] e, consequentemente, na ocorrência do primeiro óleo do SPA, impactam significativamente a previsão de fluxo de caixa da companhia, motivo pelo qual a OGX vem intensificando seus esforços na busca de potenciais interessados em adquirir parte de sua participação no Bloco BS-4”, afirmou a empresa em nota, explicando que o afretamento do FPSO Petrojarl I tem duração de cinco anos, com cláusula de rescisão válida após o terceiro ano, sendo que os equipamentos e as soluções submarinas necessárias já foram contratadas pelo consórcio.
Além disso, a petroleira informou que sua subsidiária na Áustria possui um contrato de venda de óleo para a Shell, e que o investimento estimado do consórcio é de US$ 100 milhões para 2016 e US$ 150 milhões para 2017, sendo a OGX responsável por 40% desse total previsto.
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