OMEGA PLANEJA ULTRAPASSAR A MARCA DE 1 GW DE CAPACIDADE OPERACIONAL EM 2019
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
O ano de 2018 foi bastante movimentado para a Omega Energia, com expansão do portfólio de ativos de geração. No apagar das luzes de dezembro, a empresa anunciou a assinatura do acordo definitivo para adquirir 100% do Complexo Eólico Assuruá, no interior da Bahia. Para 2019, a companhia pretende conquistar um sólido resultado operacional e concluir a integração dos ativos comprados recentemente, elevando a capacidade da empresa para 1.145 MW. “A Omega tem o objetivo de ampliar os seus negócios por meio da diversificação de portfólio de energias renováveis de modo geral, não desconsiderando o investimento em nenhuma fonte”, afirmou a diretora da Omega Energia, Andrea Sztajn. A executiva ainda acrescenta que a companhia acredita que pelo menos 70% da nova capacidade brasileira a ser instalada nos próximos 10 anos será de fontes renováveis. Além disso, Sztajn prevê que a fonte solar pode atingir capacidade 5 vezes maior que a atual em 2025.
A empresa fez importantes aquisições de ativos de geração recentemente, como o caso mais recente do Complexo Eólico Assuruá. Novas aquisições como essas estão no radar para 2019?
A Omega Geração, listada no Novo Mercado da B3 em 2017, tem como atividade central investir e operar ativos de geração de energia renovável em estágio operacional. Portanto, ela está sempre atenta a oportunidades de mercado que tenham fundamento estratégico e técnico.
O governo do Piauí anunciou o interesse da Omega em desenvolver um projeto eólico no estado. Poderia detalhar mais o assunto?
A Omega Geração já atua no Estado do Piauí, onde opera Complexos Eólicos que somam 144,6 MW de capacidade instalada. O Piauí tem excelentes condições de vento e a Omega Desenvolvimento tem um portfólio promissor na região. Esperamos poder continuar investindo no Piauí por muitos anos, dando continuidade ao que iniciamos como pioneiros da região. Mas, por ora, não temos novos projetos a anunciar.
Quais são as principais metas da Omega para 2019?
Pretendemos entregar um sólido resultado operacional e concluir a integração dos ativos adquiridos, nos levando a capacidade operacional de 1.145 MW.
Qual o balanço da empresa em 2018? Foi um ano positivo?
O ano passado foi bastante positivo para a Omega. Duas importantes aquisições foram anunciadas. A primeira, de 50% dos ativos do Complexo Pirapora (MG), maior usina fotovoltaica em operação no Brasil, marcou a entrada da Companhia na geração solar. No final de 2018, a transação foi concluída. Já no último dia do ano (31/12), a empresa anunciou a assinatura de acordo definitivo para adquirir 100% do Complexo Eólico Assuruá, no interior da Bahia, junto ao FIP IEER. Além disso, as partes firmaram contrato estabelecendo direito de primeira oferta para a Omega adquirir projetos a serem desenvolvidos na região somando capacidade potencial de aproximadamente 2.000 MW incluindo um projeto de 50 MW em construção que tem início de operação previsto para março de 2019. Também em 2018, o Complexo Eólico Delta Maranhão, atingiu capacidade de 328,8 MW.
Especificamente para a área de PCHs, a Omega tem novos planos de expandir sua presença neste segmento?
A Omega tem o objetivo de ampliar os seus negócios por meio da diversificação de portfólio de energias renováveis de modo geral, não desconsiderando o investimento em nenhuma fonte.
Na sua opinião, existem novas medidas que poderiam ser implantadas pelo governo para ampliar a competitividade das energias renováveis?
Nós temos aqui no Brasil recursos naturais que os outros países não têm. Temos a melhor incidência de ventos no Nordeste, por exemplo. O que é necessário de modo geral é que haja reconhecimento da importância e competitividade das energias renováveis e de seu papel estratégico para o país, pois além de limpas, essas fontes já são as mais competitivas em termos de preço ao consumidor, aumentando a competitividade do país e atenuando o peso da conta de energia dos consumidores residenciais.
Quais são suas expectativas sobre o futuro das energias solar e eólica no Brasil? Essas fontes devem ganhar ainda mais importância nos próximos anos?
Acreditamos que as fontes renováveis são uma realidade irreversível por seus atributos ambientais, sociais e econômicos, devido aos custos mais baixos de produção e preços consequentemente mais competitivos para o consumidor. Acreditamos que pelo menos 70% da nova capacidade brasileira a ser instalada nos próximos 10 anos possa vir das fontes renováveis, e a fonte solar pode atingir capacidade 5 vezes maior que a atual em 2025.
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