OMNI CONQUISTA NOVO CONTRATO COM PETRORIO E ESPERA RESULTADO DE LICITAÇÕES DA PETROBRÁS ATÉ O FIM DO ANO
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
A empresa de serviços aéreos Omni está vivendo dias de intensa movimentação, apesar do momento de baixa do mercado. A companhia conquistou um novo contrato com a PetroRio para transporte de passageiros com destino às unidades de produção no campo de Polvo. Além deste serviço, a Omni também está de olho nas licitações que a Petrobrás está conduzindo, oferecendo contratos para as regiões Sudeste e Nordeste. “A Petrobrás, nesse processo de licitação, está renovando cerca de 40% da frota, a grosso modo”, afirmou o diretor da Omni, Roberto Coimbra. As concorrências estão em andamento e devem ser concluídas até o final do ano. O executivo também revela que a companhia tem planos para expandir sua quantidade de aeronaves em pelo menos 10% no próximo ano.
Como está o momento atual de negócios e quais as perspectivas para o mercado de óleo e gás?
Estamos bastante animados com esse início de retomada. Tivemos um período bastante baixo entre o segundo semestre de 2015 até 2017, devido a crise. E vemos algum horizonte com a retomada dos leilões, com o aumento da sísmica e com alguns contratos que a Omni conseguiu capturar. Sobretudo a partir do segundo semestre do ano que vem, com os investimentos da Shell, da Exxon, da Chevron e de várias empresas vindo atuar no país. Estamos com uma perspectiva de melhora significativa em relação ao que vivemos hoje.
O senhor mencionou a assinatura de alguns contratos. Pode comentar a importância deles?
A importância deles é relevante porque esse ano de 2017 foi difícil para todas as empresas. O fato de termos ganho esses contratos em um cenário de menos oferta acaba tendo um valor relativo superior. E só conseguimos conquistar esses trabalhos porque tivemos um foco muito grande em eficiência, segurança e redução de custos. Nós fizemos um esforço a mais, cortamos onde podíamos cortar e aumentamos a eficiência da operação.
Quais são os contratos mais recentes?
Conseguimos um contrato com a PetroRio, muito importante para nós. São dois anos de acordo. Fomos agressivos, tivemos algumas discussões de negociação e propomos um serviço de qualidade, segurança e a um preço que a PetroRio estava interessada em pagar. Iniciamos este contrato em outubro.
O contrato com a Geokinectics foi parecido. Trata-se de uma operação na Amazônia. Tivemos de reduzir nossos custos e margens. Mas tivemos apenas um diferencial, porque a operação é com helicóptero bimotor pequeno. O número de empresas com essa capacidade já era mais reduzida. A concorrência foi um pouco menos acirrada, embora tivemos a disputa com mais duas empresas. Mas, no final, nossa proposta saiu vencedora.
Qual a frota atual e existem planos para expandi-la?
Hoje temos uma frota de 43 aeronaves. Temos uma expectativa de um crescimento a partir do próximo ano, em função das licitações que estão acontecendo. A Petrobrás tem algumas concorrências na praça, mas que ainda não têm resultado. Também temos algumas IOCs que estão aguardando a divulgação de resultados, como a Total, por exemplo. Então, temos essa expectativa para ano que vem. Não vai ser um crescimento ainda relevante, mas esperamos aumentar a nossa frota em mais 10% – mais 4 aeronaves, aproximadamente.
Sobre essas licitações, poderia detalhar um pouco em que fase estão?
Estamos participando de licitações para a Petrobrás de renovação dos contratos atuais. E a Petrobrás tem vários dos seus contratos terminando em julho do próximo ano. A Omni está participando desse processo tanto para aeronaves do Nordeste como para o Sudeste. A Petrobrás, nesse processo de licitação, está renovando cerca de 40% da frota, a grosso modo. É algo muito importante para todas as empresas. A Omni tem a maior fatia de mercado e está atenta a esta oportunidade. Os processos estão em andamento e devem ser resolvidos até o final do ano. Também participamos de licitação para a região Amazônica, onde a Petrobrás também conduziu a renovação de contrato de uma aeronave de grande porte, que faz transporte de cargas externas. Nós vencemos esse contrato há cerca de um mês. A Omni já foi declarada vencedora, mas essa é uma renovação de um contrato que já tínhamos.
Além desses processos da Petrobrás, estamos aguardando a decisão da Total que está com licitação de aeronaves para atender o bloco de Lapa. E a BP, por conta do problema de licenciamento ambiental da Foz do Amazonas, postergou a decisão. Provavelmente só deve acontecer mais pro final do próximo ano.
Qual o planejamento estratégico da Omni para os próximos anos?
A estratégia passa realmente por racionalizar custos, que é um trabalho que começamos a fazer desde 2015, quando começou a depressão na indústria. Buscamos eficiência. Estamos também buscando uma maior uniformização da nossa frota, isso nos traz alguma eficiência de custos. E estamos renegociando contratos com nossos fornecedores. Alguns puderam até mesmo baixar preços, por entenderem o momento da indústria. Outros se comprometeram a não fazer reajustes. Nossa estratégia de crescimento para os próximos vai um pouco de manter esse novo patamar de custos, porque a indústria já se acostumou com ele. Vamos procurar trabalhar com maior eficiência.
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