OMNI TEM BOAS PERSPECTIVAS DE NOVOS CONTRATOS ONSHORE NOS SEGMENTOS DE ÓLEO & GÁS E TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
Após conquistar importantes contratos para serviços de apoio e transporte aéreo no ambiente offshore da indústria de óleo e gás do Brasil, a companhia Omni também tem dedicado atenção e esforços para atuar em projetos no onshore. Os novos negócios que estão no radar incluem empreendimentos nos setores de óleo & gás e transmissão de energia, conforme explicou o diretor onshore da Omni, Décio Galvão. O executivo afirma que a Petrobrás deve retomar os investimentos no Polo Urucu, no Amazonas, estimulando assim a demanda por novos serviços de transporte aéreo naquela região. “No passado, a base de Urucu chegou a operar com mais de 10 helicópteros. Hoje são apenas dois, mas a tendência é que haja um incremento na atividade onshore nessa região”, projetou. Galvão lembra também que a Eneva tem intensificado suas atividades exploratórias terrestres na Bacia do Amazonas, aumentando ainda mais a expectativa de novos negócios na região Norte. No setor de óleo e gás, as atividades da Omni em empreendimentos onshore devem ficar concentradas na região amazônica. No entanto, a companhia vê com bons olhos as novas perspectivas de parques eólicos offshore e onshore, principalmente no Nordeste. “A Omni vai se capacitar para também prestar serviços de apoio na construção dos parques e na manutenção das torres eólicas”, revelou. Por fim, o entrevistado contou ainda sobre a atuação da empresa no mercado de transmissão de energia. Atualmente, a companhia está participando de um projeto de modernização de uma linha no estado de São Paulo.
Para começar nossa entrevista, poderia traçar um panorama geral da atuação da Omni no segmento onshore?
A Omni completou 21 anos de atividades no Brasil. A empresa começou suas operações no país realizando voos offshore na Bacia de Campos, em Macaé (RJ). Alguns anos depois, a companhia passou a prestar serviços onshore, principalmente na região amazônica. Ao longo desses anos, a nossa empresa já trabalhou em contratos onshore com empresas como Petrobrás, Transpetro, Rosneft, entre outras.
Atualmente, estamos operando dois contratos com a Petrobrás em Urucu, com uma operação robusta de carga externa para a estatal. Para lembrar, a Petrobrás tinha um plano de desinvestimento da base de Urucu. O ativo chegou a ser negociado no mercado, mas esse desinvestimento acabou não acontecendo. As informações atuais indicam que a Petrobrás vai ampliar a sua atuação nessa base, realizando novos investimentos. Acreditamos que haverá uma atividade robusta nessa região. No passado, a base de Urucu chegou a operar com mais de 10 helicópteros. Hoje são apenas dois, mas a tendência é que haja um incremento na atividade onshore nessa região.
Além de óleo e gás, como se dá atuação da empresa em outros setores onshore?
A Omni também está muito focada na prestação de serviços para empresas que atuam nos segmentos de transmissão de energia e construção civil geral. Especificamente no segmento de transmissão, começamos recentemente a operação com o modelo H-225 na região de Cubatão (SP). A Omni tem uma parceria com a empresa de engenharia TAC Power Lines – que tem atuado fortemente no mercado provendo soluções para as empresas de linhas de transmissão, utilizando tecnologias avançadas, drones e helicópteros.
Estamos começando a participação em uma desconstrução de uma antiga linha de transmissão. Faremos toda a remoção dessa linha com helicóptero, retirando torres, cabos e outras estruturas. Além disso, vamos levar pessoas de rapel para alguns pontos. São 33 torres, desde Cubatão até o Planalto Paulista. Por fim, participaremos também da montagem das novas torres. Vamos fazer uma montagem modular, usando helicóptero, focando na preservação da mata nativa, com serviço aéreo muito efetivo, prezando pela rapidez e segurança.
Como está a perspectiva de negócios nesse segmento de transmissão?
Essa é uma atividade na qual temos uma expectativa de crescimento muito grande. Além desse primeiro trabalho em parceria com a TAC, temos outras obras no radar.
Existe um grande plano de expansão das linhas de transmissão no Brasil. Ainda hoje, esse trabalho é muito manual. A utilização de helicópteros é feita só nos locais de difícil acesso. Mas acreditamos que além desses contratos em locais remotos, podemos também trazer soluções robustas e eficazes para as demais localidades. É possível ter uma maior taxa de utilização de helicópteros nesse segmento de transmissão, garantindo assim um prazo construtivo melhor e mais segurança.
O mercado offshore, onde temos atuado fortemente, é muito robusto em termos de controle de sistemas de segurança. Vamos aplicar os mesmos conceitos e preocupações do offshore na operação onshore. Isso será muito bem visto pelas empresas do setor de transmissão.
Seria também interessante se pudesse falar das novas oportunidades mapeadas no onshore do setor de óleo e gás.
Hoje, a maior atividade onshore que demanda o serviço de transporte por helicóptero, sem dúvida nenhuma, acontece na região amazônica, até pelas dificuldades de locomoção. A Petrobrás é o maior player e, como disse anteriormente, acreditamos que a empresa voltará a ter um papel ainda mais significativo nessa atividade ao aumentar a produtividade da base de Urucu. Além disso, a Eneva possui projetos na região e poderá demandar alguns serviços de helicópteros em algum momento. A Omni tem conversado com a Eneva e existe essa possibilidade. Quando olhamos para a atividade onshore de petróleo em outras regiões, como no Nordeste, não existe grande dificuldade para que essas áreas sejam supridas pelo modal rodoviário. Então, a nossa atuação dentro do segmento de óleo e gás onshore fica focada na região amazônica.
Além dos setores onshore atendidos pela empresa atualmente, existem outros mercados que despertam interesse?
Estamos olhando para outros mercados que estão despontando no horizonte, como o de energia eólica. Existe uma expectativa pela construção de parques gigantescos no offshore e também alguns em região onshore no Brasil. A Omni vai se capacitar para também prestar serviços de apoio na construção dos parques e na manutenção das torres eólicas.
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