OMNI UNMANNED PLANEJA AMPLIAR SUA FROTA DE DRONES DE OLHO NO MERCADO DE MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DE DUTOS

A Omni Unmanned está ampliando sua presença no mercado de inspeção e manutenção de dutos com drones de longa autonomia, capazes de realizar voos de até 500 quilômetros e operar em condições que geralmente limitam outras tecnologias. A empresa está apresentando a tecnologia nesta semana durante a feira Rio Pipeline & Logistics, no ExpoRio Cidade Nova. Segundo o CEO Roberto Coimbra, a companhia se posiciona entre os drones convencionais, de alcance restrito, e os helicópteros, oferecendo uma alternativa mais acessível e equipada com sensores avançados para missões detalhadas. A empresa já executou trabalhos para a Petrobrás e se prepara para uma prova de conceito com a Transpetro, além de manter conversas com a TBG e outras operadoras. O objetivo da Omni Unmanned é dobrar a frota até o próximo ano, acompanhando a crescente demanda por soluções de monitoramento em áreas remotas, enquanto também desperta interesse de clientes internacionais em eventos como a Rio Pipeline.

Poderia nos dar uma visão geral das novidades que a Omni Unmanned está apresentando em termos de inspeção e monitoramento de dutos, com foco em drones?

Nosso diferencial está em nos posicionarmos entre os drones convencionais pequenos e os helicópteros. Conseguimos oferecer longa autonomia, com drones que alcançam 100 km e outros que chegam a 500 km. Isso é uma vantagem significativa em comparação com drones elétricos, que têm autonomia limitada. Além disso, nossos drones podem carregar sensores mais sofisticados, permitindo missões de maior qualidade e a entrega de resultados de trabalho mais avançados e detalhados.

Como tem sido a preparação para a operação desses drones em campo real?

Por ser uma novidade, ainda estamos em fase de prova de conceito. Já realizamos dois trabalhos para a Petrobrás em áreas de logística, mas não especificamente em dutos. Temos uma prova de conceito agendada com a Transpetro para o final de outubro ou início de novembro. Também iniciamos conversas com a TBG e outras empresas.

Como a tecnologia é nova, muitos clientes ainda não conhecem a capacidade de autonomia desses drones, pois ainda estão acostumados apenas com modelos menores e mais limitados. Estamos mostrando que nossos drones vão onde outros não vão, cobrindo distâncias que os drones convencionais não conseguem.

Quais são as principais vantagens operacionais desses drones, especialmente para inspeção e manutenção?

Nosso drone é uma opção acessível, oferecendo a capacidade de um helicóptero com metade do custo. A autonomia de longa distância é um grande atrativo, permitindo voos de até 500 km com o modelo Cancopter. Além disso, podemos realizar operações à noite, algo que muitas vezes limita helicópteros. Nossos drones também embarcam sensores avançados, como câmeras de alta resolução com zoom de 300x, que capturam muito mais detalhes do que uma inspeção puramente visual.

Como funcionam as operações noturnas? Que tecnologias são utilizadas?

Para operações noturnas, utilizamos câmaras infravermelhas, que mapeiam com contraste, e também câmaras ultravioletas em certos espectros. Uma vantagem adicional é a legislação: conseguimos voar à noite sem os problemas de autorização que helicópteros podem enfrentar em algumas áreas.

Quais são as perspectivas para este mercado e como a Omni Unmanned enxerga as oportunidades futuras?

Atualmente, temos três drones deste modelo e a intenção é incorporar mais um até o final deste ano ou início do próximo. Esperamos dobrar nossa frota no próximo ano, chegando a talvez seis drones de alta capacidade. Isso nos permitirá atender a demanda crescente por trabalhos em zonas remotas e afastadas, onde nossa vantagem de longa distância se torna ainda mais significativa, comparada aos custos superiores de helicópteros.

Por fim, poderia comentar como foram os negócios e as conversas até aqui na feira Rio Pipeline?

A feira tem sido muito interessante. Temos tido uma procura enorme, inclusive de outros países como México, Colômbia e Argentina, que perguntaram sobre a possibilidade de provermos serviços no exterior. Recebemos também muito interesse de empresas locais como a TBG e a Transpetro. Estamos tendo um feedback muito positivo e estimulante.