ONDA DE FORTE CALOR NA FRANÇA PROVOCA MUDANÇA NAS TEMPERATURAS DA ÁGUA DE RESFRIAMENTO DE CINCO USINAS NUCLEARES
O regulador nuclear francês Autorité de Sûreté Nucléaire (ASN) estendeu modificações temporárias nas regras estritas que regulam a temperatura máxima da água de resfriamento liberada de cinco usinas nucleares, enquanto o país experimenta uma onda de calor em andamento. Nas últimas semanas, as altas temperaturas dos rios ameaçaram reduzir a já baixa produção nuclear da França em um momento em que quase metade de seus reatores estão desligados devido a problemas de corrosão e manutenção. Em meados de julho, a ASN introduziu modificações temporárias nas regras de água de resfriamento nas usinas nucleares Blayais, Bugey, Golfech, Saint Alban e Tricastin até 24 de julho. No entanto, em 21 de julho, adotou a decisão de prorrogar esse período até 7 de agosto.
A ASN adotou agora uma decisão que estabelece requisitos temporários relativos às descargas térmicas das cinco usinas até 11 de setembro. Ele observou que o operador da rede RTE identificou a necessidade de manter as usinas em um nível mínimo de produção de eletricidade até 21 de agosto para garantir a segurança da rede elétrica. Além disso, o contexto de pressão sobre as reservas de gás natural e de água para hidrelétricas para o outono e inverno de 2022/2023 levou o governo a salvá-las agora otimizando a produção de eletricidade de origem nuclear.
Em um comunicado, a ASN disse que o Ministério da Transição Energética considera que é uma necessidade pública favorecer a produção de eletricidade de origem nuclear e, portanto, manter a produção destas cinco centrais até 11 de setembro, apesar das condições climáticas excepcionais. “Neste contexto, a EDF apresentou à ASN um pedido de modificação temporária dos limites de descarga térmica das usinas nucleares Blayais, Bugey, Golfech, Saint-Alban e Tricastin até 11 de setembro de 2022”, declarou. A ASN disse que adotou uma decisão em 4 de agosto para modificar temporariamente os limites das descargas térmicas dessas usinas, acompanhadas de um monitoramento reforçado do ambiente aquático, em particular da vida dos peixes. Esta decisão, acrescentou, foi aprovada pelo ministro responsável pela segurança nuclear em 5 de agosto.
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