ONDA DE PROTESTO DE CAMINHONEIROS PROSSEGUE EM MUITOS ESTADOS, APESAR DAS MULTAS IMPOSTAS POR ALEXANDRE DE MORAES

bA onda de protestos dos caminhoneiros persiste, mas estranhamente está fora dos noticiários da grande imprensa brasileira. Quem não acompanha as redes sociais tem a impressão de que ela não existe. Mas os caminhoneiros seguem o movimento, que já se reflete nos grandes centros de abastecimento, dos supermercados e até mesmo dos portos e todo país. A distribuição de combustíveis também sofre com a paralisação. As estradas ou estão bloqueadas em muitos trechos em vários Estados ou os caminhões seguem parados em grandes estacionamentos e não circulam com mercadorias. O movimento é em protesto contra as multas aplicadas pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, e membro do Supremo Tribunal Federal. O protesto é também contra os resultados das eleições presidenciais, que deram vitória apertada ao candidato Lula da Silva.

Para lembrar, as interdições em estradas de todo o país vêm ocorrendo desde o dia 19. Os caminhoneiros vêm sendo apontados como fazendo protestosaaa antidemocráticos, sem que ninguém explique porque a manifestação é antidemocrática. São manifestações que se espalharam e engrossaram em quase todo o país. Segundo o último relatório da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os bloqueios são interdições parciais e interdições totais, dependendo do Estado e da mobilização dos caminhoneiros. Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de contas de 42 empresas e empresários, que foram acusados pelo ministro de financiar as manifestações. O caos que se tornou com estes bloqueios foram o grande estopim para essas manifestações, já nem as empresas e nem os empresários tem foro especial para serem julgados por um tribunal superior. Não há liderança do movimento. Eles foram ganhando força aos poucos. O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotivos (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, chegou a dizer que as paralisações nas rodovias não estão ligadas à classe caminhoneira: “Não é um movimento dos caminhoneiros. Em suma, não há greve dos caminhoneiros hoje. O que está acontecendo é uma a paralisação de um pequeno grupo de pessoas ligadas à categoria.”

O movimento é mais forte nas estradas das seguintes cidades do Mato Grosso: Lucas do Rio Verde; Campo Novo dos Parecis; Sapezal e  Campos de Júlio. As rodovias federais registravam pontos com bloqueios e com interdições parciais. O levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostrava que havia aaestradas com interrupções totais do fluxo em Porto Velho (RO), Presidente Médici (RO), Caruaru (PE) e Lucas do Rio Verde (MT). Para Moraes, o deslocamento dos veículos é “inautêntico e coordenado com fins de rompimento da ordem constitucional para ilícita reunião nos arredores do Quartel General do Exército, com fins de rompimento da ordem constitucional, inclusive com pedidos de intervenção federal mediante interpretação absurda do art. 142 da Constituição Federal e pode configurar o crime de Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito, art. 359-L do Código Penal”. Além do bloqueio das contas bancárias, o ministro determinou que os representantes das empresas e empresários citados sejam ouvidos pela Polícia Federal em até dez dias.

Os vários protestos se espalharam pelo Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022 declararem vitorioso o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro iniciaram a onda de protestos. Os manifestantes bloquearam diversas estradas federais. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), para que os protestos chegassem ao fim, chegou a aplicar multas que ultrapassaram o valor de R$ 17 mil por bloquear as rodovias e ainda impedir o direito de ir e vir das pessoas. O movimento não pode ser chamado de greve dos caminhoneiros porque é preciso que um representante oficial da classe se pronuncie para que o protesto seja legitimado. No momento, tecnicamente, não há nenhuma greve dos caminhoneiros. O que existe são pessoas de direita unidas a caminhoneiros e que estão realizando os protestos. “Estão usando o nome dos caminhoneiros, mas eu não conheço um sequer que esteja paralisando hoje”, disse o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Minas Gerais, Antônio Vander Silva Reis.

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Renato Silva

Texto claramente escrito por um apoiador do micto. Que parem o Mato Grosso… parem tudo. Quando faltar soja no resto do país, importa-se da Argentina e segue o jogo