OPEP APROVA PROPOSTA DA RÚSSIA E DOS SAUDITA DE PRORROGAR POR MAIS 9 MESES A REDUÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO
A Opep aprovou nesta segunda-feira(1) de forma unânime a proposta da Rússia e da Arábia Saudita de prorrogar por 9 meses a redução da produção em vigor para reforçar os preços do petróleo. Os catorze Estados da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e seus dez aliados (liderados pela Rússia) expressaram seu apoio unânime segundo informou o ministro russo de Energia, Alexander Novak. Na sexta-feira(28) passada, à margem da cúpula do G20 em Osaka, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o objetivo de estender as atuais reduções de produção, a fim de apoiar os preços do petróleo.
Os 24 países, que extraem metade do petróleo mundial, decidiram em dezembro reduzir sua oferta acumulada de 1,2 milhão de barris por dia para estimular os preços do petróleo. Mas a crescente influência da Rússia, segundo maior produtor, e da Arábia Saudita, que se aliaram há três anos para enfrentar a queda nos preços, causa desconforto entre alguns produtores.
Quando chegou nesta segunda a Viena, o ministro do Petróleo iraniano, Bijan Namdar Zanganeh(foto a direita), denunciou o carácter unilateral do acordo entre Moscou e Riad. OIrã também expressou sua oposição a qualquer acordo de cooperação de longo prazo para garantir a aliança da Opep e seus aliados, reagrupados no “Opep +”. Ainda assim, Teerã apoiará o teto de produção, do qual é isento em razão da reintrodução das sanções americanas que sufocam suas exportações de petróleo, informou o representante iraniano.
A extensão das cotas parece gerar consenso entre OPEP e seus parceiros, dada a necessidade de estabilizar os preços num contexto de fortes tensões geopolíticas em torno do Irã, da fraca demanda e uma oferta abundante. O anúncio do acordo russo-saudita também permitiu que o preço do barril de petróleo WTI ultrapassasse os 60 dólares nesta segunda-feira, na abertura das bolsas europeias. As reuniões em Viena tratarão da duração desse novo pacto, de seis ou nove meses, enquanto o ministro saudita da Energia, Khaled Al Falih( foto a esquerda), é favorável à prorrogação de nove meses. A Agência Internacional de Energia reduziu suas previsões mundiais de demanda de petróleo para 2019, enquanto a oferta continua abundante. A produção de petróleo de xisto dos EUA continua a crescer, competindo com a OPEP e inflacionando as já elevadas reservas mundiais.
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