OPEP+ DECIDE CORTAR PRODUÇÃO EM 1 MILHÃO DE BARRIS E PREÇO DO PETRÓLEO PODE VOLTAR À CASA DOS US$ 100 | Petronotícias




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OPEP+ DECIDE CORTAR PRODUÇÃO EM 1 MILHÃO DE BARRIS E PREÇO DO PETRÓLEO PODE VOLTAR À CASA DOS US$ 100

OPEPQuando tudo parecia comportado no mercado do petróleo internacional, surge a surpresa da segunda-feira. Hoje (3), os preços do petróleo chegaram a subir esta manhã na maior variação em mais de um ano. Isto porque os grandes produtores anunciaram uma corte na produção de uma hora para outra em 1 milhão de barris. A Arábia Saudita responderá por metade da redução. A barreira dos US$ 100 volta a ser cogitada, como uma desordem no mercado. Com o anúncio, analistas já preveem que o barril do petróleo chegue a US$ 100. O preço referência mundial (Brent) era negociado a US$ 83,90, com avanço de 5,02%. A decisão da Arábia Saudita, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Argélia e Omã valerá a partir do próximo mês até o fim do ano, e marca a maior redução na produção desde que a Organização dos Estados Produtores de Petróleo (Opep) cortou dois milhões de barris por dia, em outubro do ano passado. A redução ocorre logo após decisão da Rússia de estender seu corte para 500 mil barris por dia, apesar dos pedidos dos Estados Unidos para aumentar a produção.

A decisão da Opep e seus aliados (chamada de Opep+) foi uma grande surpresa para o mercado. Reacendeu os temores sobre o aumento da  inflação no mundo e de um aperto monetário que pode levar a economia global à recessão. Os Estados Unidos reagiram e descreveram a decisão da OPEP+ como imprudente nas atuais condições de mercado e acrescentou que trabalharão com produtores e consumidores para administrar os preços da gasolina para os americanos. A redução, combinada com a extensão dos cortes na produção russa, levou a gigante de Wall Street a elevar sua previsão de petróleo Brent de US$ 90 para US$ 95 o barril em dezembro deste ano, e de US$ 95 para US$ 100 em dezembro de 2024. A OPEP não tem mais a preocupação de uma grande resposta da oferta de petróleo de xisto dos EUA se os preços do petróleo Brent forem negociados acima de US$ 80 por barril. Portanto, cortar volumes para elevar os preços do petróleo não traz os mesmos riscos de cinco anos atrás.

AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS DE AVIÃO

A Petrobrás não perdeu tempo e já reajustou pra cima o preço do querosene de aviação, que teve reajuste médio de preço de 1,78% na comparação com o praticado em março.  A reação das companhias  foi imediata. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne Latam e Gol,  criticou a medida. No mês passado, houve redução de 13,8% no preço do QAV praticado pela estatal, o que havia sido comemorado pelas aéreas. O Brasil pratica um dos maiores preços do mundo para o combustível de aviação commodity. Desde janeiro do ano passado, a alta do combustível dos aviões é de 40%, o que  corresponde ao setor de maior custo das empresas aéreas, o que explica os altíssimos preços das passagens aéreas.  A tarifa doméstica média de janeiro a dezembro de 2022 está em torno de R$ 650,00.  Para as empresas o preço do combustível é o maior desafio que enfrentam no controle de custos.

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