OPERADORA INDEPENDENTE DA INDONÉSIA FECHA PARCERIA COM A AGUILA ENERGIA MIRANDO ENTRADA NO MERCADO BRASILEIRO DE ÓLEO E GÁS
Novas empresas interessadas em entrar no mercado brasileiro de óleo e gás. A Indonesia Energy Corporation anunciou nesta semana que assinou um Memorando de Entendimento (MOU) com a Aguila Energia – afiliada da gestora de investimentos carioca Aguila Capital, liderada pelo executivo do setor de energia Blener Mayhew (foto abaixo, à direita). O acordo prevê estudos para identificar, avaliar e buscar conjuntamente oportunidades de aquisição ou participação em ativos e projetos de petróleo, gás ou outras áreas relacionadas à energia no Brasil. O MOU é uma declaração de intenção não vinculante, sendo que as duas empresas buscarão firmar acordos definitivos para projetos de forma pontual, conforme as oportunidades surgirem.
A Indonesia Energy diz que combinará sua experiência em petróleo, gás e mercado de capitais com as competências da AEP em transações locais no Brasil, relacionamento regulatório e desenvolvimento de ativos. O acordo entre as empresas tem como objetivo construir um portfólio diversificado de energia nos segmentos upstream e downstream, por meio de uma cooperação disciplinada e transfronteiriça.
“Essa colaboração marca o primeiro passo empolgante da Indonesia Energy para avaliar oportunidades de classe mundial fora da Indonésia, no Brasil, um mercado que se tornou um dos mais atrativos para investimentos em upstream. Trabalhar com Blener Mayhew e sua equipe nos dará acesso imediato a conhecimento e conexões locais”, disse o presidente da Indonesia Energy, Frank Ingriselli (foto principal). “Além das oportunidades no Brasil, a Aguila Energia também poderá nos auxiliar na maior comercialização de nossos ativos na Indonésia e na identificação de novos projetos de crescimento doméstico no país. Junto com nosso programa de perfuração planejado no Bloco Kruh, essa iniciativa avança nossa estratégia de crescimento para aumentar a produção e diversificar nosso portfólio nos meses finais de 2025 e além”, acrescentou.
Ingriselli avaliou que o Brasil vive uma convergência atrativa de catalisadores de mercado que cria um ponto de entrada excepcional para companhias independentes de petróleo e gás. Segundo ele, três fatores sustentam essa visão. O primeiro deles é o sistema de Oferta Permanente, que permite aquisições ao longo do ano de blocos devolvidos ou novos de exploração e produção, o que pode gerar ciclos de negócios mais rápidos após o cumprimento dos requisitos de qualificação e licitação.
Além disso, o executivo avaliou que operadores de menor porte no Brasil estão se desfazendo de campos produtores e próximos da produção a avaliações atrativas devido a restrições de capital, criando oportunidades de otimização em brownfields no curto prazo e perfis de fluxo de caixa mais previsíveis.
Por fim, Ingriselli destacou que nos contratos de concessão com o governo brasileiro, as alíquotas de royalties variam geralmente de 5% a 10% (com reduções possíveis para campos maduros ou marginais), oferecendo potencial de maior geração de caixa líquida após impostos em comparação aos contratos de partilha de produção, além de maior flexibilidade operacional e taxas internas de retorno mais elevadas.
“Todos esses e outros fatores semelhantes nos levaram a concluir que o Brasil deve ser a primeira jurisdição fora da Indonésia em que nossa companhia deve buscar oportunidades de crescimento”, concluiu Ingriselli.
O anúncio acontece poucas semanas após a Indonesia Energy divulgar seus planos de perfurar dois poços consecutivos em seu Bloco Kruh, de 63 mil acres na Indonésia, a partir do quarto trimestre de 2025. Essas novas atividades de perfuração terão apoio do trabalho sísmico exploratório realizado pela empresa em 2024 e início de 2025, que aprimorou as perspectivas de perfuração e localização de poços, com foco na maximização da produção.

publicada em 20 de agosto de 2025 às 5:00 




