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ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL VAI CRIAR UNIDADE BRASILEIRA COM APOIO DA ABDAN PARA INCENTIVAR JOVENS PROFISSIONAIS DO SETOR NUCLEAR

Antônio Müller, Presidente da ABDAN.

Antônio Müller, Presidente da ABDAN.

A Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) está apoiando estudantes de engenharia a criarem uma rede de incentivo aos jovens profissionais do setor nuclear, com a abertura de uma unidade local da organização internacional Young Generation Network, que atua em todo o mundo com este propósito.

A ideia partiu de duas estudantes brasileiras, Domênica Dalvi e Larissa Paizante, que entraram em contato com a YGN no exterior em busca de apoio para implementar a iniciativa no Brasil. O presidente da ABDAN, Antonio Müller (foto), também foi procurado pelas jovens e colocou a associação à disposição delas para ajudar no processo, já que a integração das novas gerações na indústria é uma preocupação antiga no segmento.

“Há muito tempo a ABDAN vem investindo no apoio aos jovens profissionais brasileiros envolvidos com o setor nuclear e já ressaltamos algumas vezes que o segmento precisa de estímulos do governo para não perder o grande conhecimento tecnológico adquirido ao longo de décadas. Muitos profissionais experientes estão se aposentando e é fundamental a troca de informações com as novas gerações, por isso vemos a iniciativa como um passo muito positivo”, afirma Müller.

A YGN Brasil terá uma série de atribuições ainda a serem definidas, mas o foco do projeto é ampliar a divulgação de informações relevantes sobre a indústria nuclear para os jovens profissionais e a população leiga, assim como realizar eventos, encontros e congressos para promover integração e networking no setor, incluindo a transferência de conhecimento da geração de líderes atuais para as próximas gerações.

A estudante Domênica Dalvi, que já assumiu o posto de representante da YGN Brasil, está empenhada no processo de estruturação da unidade nacional da organização e acompanhou no início de janeiro uma missão internacional que passou oito dias no país. O grupo incluiu uma das fundadoras da YGN e representantes de EUA, Rússia, Índia, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Argentina e Equador, saindo com uma visão positiva do cenário nacional.

“Nosso primeiro projeto é estruturar a YGN brasileira, e é nisso em que estamos trabalhando agora”, afirma Domênica, que enumera alguns dos objetivos traçados para o futuro: “A atuação da YGN no Brasil buscará divulgar e expandir os conhecimentos sobre a área nuclear em todos os seus aspectos – energético, médico, radioproteção, ambiental etc. Também buscará aproximar os profissionais recém-formados das empresas e companhias que trabalham neste setor”.

O gerente de comunicação da YGN Global, Lubomir Mitev, foi um dos que esteve presente na visita ao Brasil e ressaltou a importância do País na indústria nuclear, destacando as diversas experiências que a indústria nacional pode compartilhar com outros países. A delegação visitou os reatores de Angra e ficou impressionada com a integração das usinas e de seus trabalhadores com a comunidade local, que tem um alto índice de aprovação da energia nuclear, por conta dos avanços que foram levados à região pelos empreendimentos. Lubomir acredita que esse relacionamento positivo com a população pode servir de exemplo a ser seguido em outras partes do mundo no segmento.

“É preciso mostrar aos jovens que o trabalho deles na indústria nuclear não trará apenas vantagens pessoais, mas sim muitos benefícios para toda a sociedade. O trabalho de integração com a comunidade local visto em Angra é um ótimo exemplo disso e definitivamente deveria ser compartilhado durante o nosso congresso”, afirma, referindo-se ao próximo Congresso Nuclear Internacional da Juventude (IYNC, na sigla em inglês), que vai acontecer na cidade de Hangzhou, na China, entre os dias 24 e 30 de julho deste ano.

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