ORGANIZAÇÕES AMBIENTAIS PEDEM CRIAÇÃO DE TAXA GLOBAL PARA EXPLORAÇÃO DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
Passar a taxar a extração de combustíveis fósseis para ajudar a pagar os impactos do clima nos países mais vulneráveis. Esta é a proposta que representantes de mais de 60 organizações de todo o mundo lançou após a assinatura do Acordo de Paris, na 21ª Conferência do Clima (COP 21), realizada pela ONU no início do mês.
A preocupação dos signatários é que, apesar da meta acordada de aquecimento de 1,5ºC, os países mais vulneráveis já estão sentindo as consequências do aumento da temperatura do planeta.
“Comunidades vulneráveis ao avanço das mudanças climáticas já estão sofrendo secas e tempestades mais intensas. Suas casas já estão sendo invadidas pela elevação do nível do mar. Eles já estão sofrendo as perdas e danos das mudanças climáticas”, afirma a declaração, que destaca o papel das empresas de combustíveis fósseis nas mudanças climáticas hoje.
“Essas grandes empresas de petróleo, carvão e gás continuam a faturar milhões, enquanto os pobres estão pagando com suas vidas. Ao mesmo tempo em que o Acordo de Paris envia um forte sinal de que os combustíveis fósseis devem ser mantidos no solo para que alcancemos esse objetivo, estas empresas devem pagar pelos danos que já causaram”, declarou Julie Anne Richards do Programa de Justiça Climática, fazendo campanha para uma taxação do carbono.
A lista dos assinantes inclui o Embaixador de Seychelles na ONU, Ronny Jumeau (foto), cientistas como Naomi Oreskes, líderes de organizações ambientais, como Kumi Naidoo, do Greenpeace, Bill McKibben, da 350.org, Samantha Smith, pela WWF, Mithika Mwenda, representando a Pan African Climate Justice Alliance.
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