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OS DESAFIOS PARA ESTIMULAR O CONTEÚDO NACIONAL

Por Paulo Fernandes / Presidente da Liderroll – 

Mais uma vez o Brasil estará diante de oportunidades para mostrar como está preparado para atender ao mercado de petróleo e gás. Na próxima semana, durante quatro dias, empresas do mundo todo estarão reunidas na maior feira internacional offshore, em Houston, nos Estados Unidos, apresentando as suas novidades.

Pelas informações que recebi, tanto do IBP, que organiza o Pavilhão Brasil, quanto do Consulado Americano, que faz a ligação entre os interesses de empresas brasileiras e americanas em reuniões de negócios, a edição 2013 da OTC vai registrar um aumento na participação de brasileiros no Reliant Center.

Este intercâmbio internacional é fundamental para a “nossa gente bronzeada ”– como diz o poeta – mostrar o seu valor. Mostrar que temos amplas condições de estarmos par e passo para atender as necessidades do nosso mercado. Do mercado brasileiro de petróleo e gás, reforçando a política acertada do governo federal na exigência de altos índices conteúdo nacional.

Desde o aquecimento deste mercado, fala-se que não há mão de obra qualificada no Brasil. A esperança do pré-sal deu mais cor à esta dúvida. Ela acendeu a marca dos limites que os geólogos da Petrobrás descortinaram para a sociedade brasileira. Como extrair a riqueza enterrada debaixo de nós, a mais de sete mil metros de profundidade?

Se tivemos competência para encontrar, temos que ter competência para extrair, o que já estamos demonstrando. Mas também temos que ter competência para transportar, armazenar e distribuir, o que ainda há que se fazer. Em toda esta cadeia existe a mão do Homem. Mas os imensos desafios nos impõem limites constantes. E isto é prazeroso porque nos estimula a encontrar as soluções. Quebrar os paradigmas que já conhecemos. Encontrar novos métodos e soluções, o que é uma constante na nossa empresa, uma vez que a Liderroll possui reconhecimento internacional, até mesmo da ASME – American Society of Mechanical Engineers – pela criação de uma nova tecnologia revolucionária para construção de dutos em ambientes confinados.

A diferença e a eficiência são alvos que devemos sempre buscar. Precisamos estimular a criatividade dos nossos engenheiros e técnicos para que encontrem este algo mais. Busquem ultrapassar as fronteiras do que já conhecemos. Há quem diga que temos um apagão de talentos. Mas o que eu encontro, na verdade, são profissionais sem o desejo de conhecer. Mais do que isso, sem o querer de buscar cruzar essas novas fronteiras. Em parte, porque a maioria dos clientes não incentiva este prática. A defesa do conteúdo nacional tornou-se uma marca para empresas brasileiras, principalmente no segmento de óleo e gás, que atrai empresas estrangeiras para o Brasil em grande volume. Ela deve ser preservada e estimulada, pois através desta oportunidade vemos muitos talentos florescerem vigorosos e esperançosos pelos bons ventos em que o país precisa continuar surfando.

Defender isso é como defender a liberdade religiosa. No ocidente cristão, ninguém é obrigado a ter uma religião. Se a tem, deve aceitar seus pressupostos. Se não a tem, não faz sentido pretender moldá-los, menos ainda a partir de paradigmas que lhe são inteiramente alheios. Assim como a questão ambiental moderna, é preciso buscar equilíbrio em tudo que fazemos. Costumo dizer que nos moldes atuais, não teríamos como apreciar a beleza e o encanto que o Aterro do Flamengo, no Rio, proporciona a quem o circunda. Passear pelos calçadões de Copacabana ou ir ao Cristo Redentor, seria impensável. Assim é a luta pela defesa do conteúdo nacional, que timidamente já está sendo combatida por alguns setores interessados em desestabilizar quem defende a sua permanência e ampliação.

Defender a nossa mão de obra é imperioso. Somos capazes de criar e de produzir, se tivermos o desejo, a segurança, a determinação e o incentivo de quem precisa dessas novas tecnologias. É o acerto de uma política da defesa do conteúdo nacional que resulta na criação de novas alternativas para o setor de petróleo e gás, nossas principais fronteiras de desenvolvimento.

Dê a sua opinião também. Os interessados podem enviar um artigo de 3 mil caracteres (contando os espaços) para artigo@petronoticias.com.br

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Joao Labareda
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Joao Labareda

Gostei muito da posição deste comentarista. Realmnente devemos defender a posição das empresas brasileiras em nosso país. Nas vacas magras, não aparece ninguém. Se aparece, é só para fazer churrasco…Nas vacas gordas, aí todo mundo que mamar no leitinho da vaquinha…
Por isso, Sr. Fernandes, parabéns

Reinaldo Japiassú
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Reinaldo Japiassú

Caro Amigo, com muito orgulho de um Patriota convicto,que sempre soube, e nunca duvidou da capacidade técnica dos Brasileiros.Nós faremos a diferença não só em tecnologia de extração de gás e petróleo, mas em todas as áreas que os países desenvolvidos não coloquem obstáculos. Inteligência temos de sobra, vide sua Empresa se destacando pelo mundo a fora. Parabéns Engenheiro Paulo Fernandes.

Pedro Roquefort
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Pedro Roquefort

Concordo com os Srs. Paulo Fernandes e João Labareda. O Brasil tem que crescer e aproveitar seus vastos recursos para desembestar. A atitude mesquinha e pseudo-globalizada de alguns cidadãos é o que há de mais nefasto para o desenvolvimento de uma nação, e, como o próprio Sr. Fernandes ressaltou, essas vozes estão começando a sair das sombras para dificultar o progresso brasileiro. Quem conhece a Noruega – e falo com conhecimento de causa, pois morei por três anos em Oslo -, sabe do que a política de conteúdo local é capaz em relação ao avanço de um país. Viva o… Read more »

Carlos Luis
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Carlos Luis

Se não fosse o conteúdo local, muito do que ta acontecendo no Brasil já tinha ficado pra trás. A Doutora Maria das Graças que não se acovarde (dificil aquela ali andar pra trás, como diz em Juazeiro).Tem que segurar o tranco e fortalecer a indústria nacional. E não é só da Petrobrás que tem que vir as forças. Mas uma desoneração fiscal cairia bem pra acompanhar a política. Ia chover gringo querendo montar fábrica aqui. Muito mais do que já ta acontecendo…

assis pereira
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assis pereira

Paulo Roberto Fernandes:

Importante artigo publicado pelo Paulo Roberto. Os Condutores atuais da Política para o Conteúdo Nacional deveriam ajustar alguns pontos nos seus programas para melhorar a performance do produto nacional:
• implementar ajustamentos na regra atual de conteúdo local de forma a tornar possível sua aplicação para cada segmento da cadeia produtiva de um projeto e não somente visando o resultado final;
• implementação de um programa de estímulo a competitividade, redução da carga tributária, melhoria na infraestrutura e maior investimento em tecnologia.

Celso Ribeiro
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Celso Ribeiro

Parabéns Paulo Fernandes (Paulinho)pelo sucesso e pelas palavras descritas no texto. Feliz por ter feito parte do seu quadro de funcionários. Em tudo que tocar Deus estará no controle.