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OS NOVOS ARES QUE A PETROBRÁS PRECISA PARA SOBREVIVER E SALVAR EMPRESAS DO CAOS

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Ao lado de uma gigantesca caveira estilizada, pintada na entrada do quartel-general do BOPE no Rio de Janeiro, está uma frase de recepção aos visitantes: “Seja bem vindo…mas não faça movimento brusco!”. É o pensamento ideal para reflexão do novo presidente da Petrobrás, Pedro Parente, que substitui o bancário de carreira Aldemir Bendine, imposto por Dilma Rousseff, que passou a dirigir a companhia, há pouco mais de um ano e meio, deixando um rastro de decepção na história da Petrobrás.

Assim que Bendine assumiu, muitos se apressaram em defendê-lo sob o argumento de que o problema da empresa não era de petróleo, mas financeiro. Contentaram-se com isso. Passada a sua gestão, os resultados falam por si. Balanços com prejuízos bilionários, ativos valiosos sendo oferecidos para o mercado num período de baixa, a preço de banana. Nenhuma iniciativa de retomada nas obras ou, pelo menos, a manutenção adequada das construções que estavam em andamento ou semi-prontas, ao sabor da destruição do tempo. A empresa segue mergulhada numa crise sem precedentes e incentivando o melhor de seu corpo técnico a pedir demissão. Seus funcionários desmotivados e atemorizados pelo clima macarthista que foi instalado na empresa. Um com medo do outro. Ninguém dentro da companhia quer assumir qualquer risco. Não se assina nada. O medo de se expor é disseminado por todos os departamentos, todas as gerências, todas as diretorias. A gestão Bendine conseguiu esta proeza. Muitos negócios que poderiam já estar em andamento não estão, ficam engavetados ou passando de mesa em mesa, na expectativa de alguém se “expor”, assinar e assumir a responsabilidade pelas execuções.

A falta de um líder firme, que conhece o que está fazendo, é um dos grandes problemas enfrentados pela companhia. É como se um ciclista desse as instruções de funcionamento de um carro de fórmula 1 à um piloto profissional. No Conselho de Administração, os profissionais são qualificados, mas a grande maioria não é do mercado de petróleo e nunca estão ou estiveram nas frentes de obras e projetos que os permitissem tomar decisões acertadas.

O que o mercado espera do novo presidente da Petrobrás, de uma nova administração? Em primeiro lugar, não repetir os erros das administrações anteriores; que os investimentos sejam retomados, mesmo que paulatinamente. O mercado não pode mais se dar ao luxo de esperar mais um ano para ser destravado. A Petrobrás precisa voltar às suas origens de liderança natural. Respeitar seus fornecedores. Enxergá-los como parceiros da empreitada, não como inimigos. Parceiros, inclusive, que ajudavam a empresa a formar e construir sua memória técnica. E essa postura cresce ainda mais de importância, porque os profissionais mais experientes da companhia, profundos conhecedores do setor de petróleo&gás, foram estimulados a saírem. Muitos já foram demitidos ou se demitiram. Outros tantos estão em vias de conseguirem espaços em empresas internacionais, concorrentes da Petrobrás, que atuam no Brasil. Talvez esta seja a pior herança da gestão Bendine. Um custo que só o tempo cobrará.

O novo presidente da Companhia precisará ajudar a inspirar os funcionários mais jovens que herdarão a memória da empresa ,para que a Petrobrás permaneça sendo de vanguarda. Uma empresa que busca estar na liderança da tecnologia. Do investimento em novas descobertas. De um grupo  que fez do conhecimento uma de suas grandes virtudes. Um movimento de construção da Petrobrás será benéfico e positivo para as milhares de empresas e os milhões de funcionários que estão na expectativa de uma retomada nos negócios. É isso que o mercado espera. É isso que o país precisa.

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Anthony KelperTadeu maia Recent comment authors
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Tadeu maia
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Tadeu maia

Parabéns pela lucidez em meio às trevas atuais!!

Anthony Kelper
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Anthony Kelper

Cabe ressaltar que hoje a empresa está parada por falta de dinheiro. Se outro estivesse no lugar de Bendine, poderia ter agido da mesma forma. A venda de ativos produtivos, nesta época de preços reduzidos, não é aceita; porém a venda de ativos improdutivos vem sendo combatida pelos sindicatos, porque “vao prejudicar as prefeituras no recolhimento de impostos”, “vão criar desemprego”, e outros argumentos sem cabimento na gestão empresarial.
Na verdade, toda a sociedade se aproveitou das tetas da Petrobras, que aparelhada, sempre patrocinou diversos eventos, mas agora os tempos são outros e exigem o profissionalismo na gestão.