OTC 2022 TERMINOU HOJE COM UM SALDO POSITIVO PARA O BRASIL E INDICANDO UMA RETOMADA PARA OS NEGÓCIOS DE ÓLEO E GÁS

WhatsApp Image 2022-05-05 at 13.17.57Terminou hoje (5) a edição 2022 da maior feira de petróleo do mundo, a OTC Houston, que começou oficialmente no domingo (1º). O encerramento da feira não significa fim dos negócios. Muitos contatos entre empresas brasileiras e internacionais foram estabelecidos, deixando um saldo positivo e um rastro de grandes negócios para se concretizarem. Além dessas possibilidades e interação entre países, parte da programação durante a Offshore Technology Conference foram as palestras sobre o mercado. E até nesse segmento o Brasil teve o seu destaque. No painel “Shifiting to a low carbon offshore industry”,  a Petrobrás e a Schlumberger apresentaram suas visões de como a indústria de óleo e gás vem atuando para reduzir suas emissões.

Para a Petrobrás, essa transição é pautada em três pilares: transparência das ações e informando o mercado, criação de valor na descarbonização e manutenção da viabilidade econômica da produção de óleo e gás, garantindo Breakeven menor de 35 dólares. De acordo com João Henrique Ritterhausen, Diretor de Desenvolvimento da Produção, uma das ações na Exploração e Produção de óleo e gás é a eletrificação do topside da plataforma, reduzindo pelo menos 30% das emissões. A Schlumberger ressaltou a importância que outras soluções devem ser complementares para chegar ao resultado esperado na pauta de transição energética e descarbonização, como a expansão da energia geotérmica e soluções de armazenamento.

Além dessa palestra, o Café da Manhã da BRATECC – Câmara de Comércio Brasil-Texas – também explorou a fundo as questões inerentes às sinergias entre mercado de óleo e gás e as pautas de transição energética. De acordo com Carla Lacerda, conselheira do Conselho Consultivo da BRATECC, a guerra entre a Rússia e a Ucrâniabratec 2 acelerou em alguns países o reforço de investimentos em energias renováveis, mas também ressaltou a importância da segurança de abastecimento de combustíveis e energia.

A Diretora de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Energia da EPE, Heloísa Borges, ressaltou que o falar de transição energética não é deixar de lado hidrocarbonetos e nem significa a eletrificação de todo o mundo. Em linha semelhante, André Araújo, presidente da Shell Brasil, explicitou que esses temas estão no núcleo do que a companhia faz. André ainda destacou que o Upstream faz parte da transição e diversas ações, muitas em parceria com a Petrobrás, são tomadas para reduzir as emissões. Mas que a companhia ainda atua no país expandindo a sua atuação no mercado de gás natural e também em biocombustíveis. Participou, ainda, a Prumo, dona do Porto do Açu no Rio. Durante a palestra, Mauro Andrade, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da companhia, ressaltou que além dos negócios de óleo e gás, o Porto ainda vê oportunidades em energias renováveis, tanto em terra com já projetos de solar em andamento, como também de eólicas offshore.

Para Karine Fragoso, Gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, o Rio de Janeiro tem uma posição de liderança no mercado de energia hoje e também para o futuro. Os principais projetos de óleo e gás do país estão localizados no estado do Rio, mas o Brasil também tem grandes oportunidades para integração com energias renováveis. “O Rio de Janeiro bem representado com qualidade na OTC, explicitando que não apenas somos a capital do petróleo do Brasil, mas que estamos próximos dos principais centros de consumo e um leque diverso de projetos potenciais que podem ser desenvolvidos, incluído renováveis e plantas de energia nuclear”, disse Raul Sanson, Vice-Presidente da Firjan.

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