PAÍS DEIXARÁ DE GANHAR R$ 62 BILHÕES ATÉ 2019 COM A CRISE DO SETOR DE PETRÓLEO | Petronotícias




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PAÍS DEIXARÁ DE GANHAR R$ 62 BILHÕES ATÉ 2019 COM A CRISE DO SETOR DE PETRÓLEO

Marcelo ColomerA crise do setor de petróleo atinge toda a população, disso não há dúvidas. No entanto, uma pesquisa desenvolvida pelo Grupo de Economia da Energia (GEE) da UFRJ aponta que o país vai deixar de gerar R$ 62 bilhões em renda até 2019. O número impressiona e já foi apresentado para representantes da indústria e do governo durante um evento promovido pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).

Os desinvestimentos das petroleiras no Brasil, segundo o estudo, começaram no ano passado, com uma redução de 16% dos investimentos no setor, que passaram de R$ 104 bilhões, em 2013, para R$ 87 bilhões em 2014. Já em 2015, o montante de investimento anunciado pelas petroleiras reduziu de US$ 236,7 bilhões para US$ 130,3 bilhões. A queda é de 45% e o impacto na renda nacional é de R$ 12,4 bilhões por ano.

O Rio de Janeiro é a região mais afetada pela crise do setor, com perda de royalties e empregos diretos e indiretos gerados pela indústria aquecida. No mês de agosto, o repasse para o estado foi de R$ 200 milhões, valor R$ 69 milhões menor que o recebido no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, a queda de arrecadação nos municípios produtores foi de 25% em relação a igual período de 2014.

“Essa queda se deve, principalmente, à redução da cotação do petróleo no mercado internacional. O preço do Brent passou de uma média de US$ 110 no primeiro trimestre de 2014 para menos de US$ 50 em agosto de 2015”, explicou o economista do GEE  Marcelo Colomer (foto).

A previsão para o cenário de empregos também é ruim, com uma expectativa de queda de 26% na criação de vagas de empregos no setor em cinco anos, principalmente no setor de serviços, que responde por 34,65% do total de empregos diretos criados pela indústria e por 18,52% dos indiretos.

“O último leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) reforçou a preocupação, com a participação de poucos atores. Precisamos rever algumas questões regulatórias para fazer do Brasil um país mais atrativo aos investimentos das companhias, principalmente neste momento de crise, onde elas estão mais seletivas”, avaliou o secretário executivo do IBP, Milton Costa Filho.

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