PAÍSES MEMBROS DO G20 INVESTEM US$ 452 BILHÕES POR ANO EM SUBSÍDIOS PARA PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
O aumento de utilização de energia renováveis passa pela criação de políticas públicas voltadas para o setor, como financiamentos e subsídios. De acordo com o relatório “Promessas Vazias: os subsídios do G20 para a produção de petróleo, gás e carvão”, desenvolvido pelo Overseas Development Institute em parceria com a Oil Change International, os países do G20 priorizam combustíveis fósseis, com subsídios para produção de combustíveis fósseis no valor de US$ 452 bilhões, quase quatro vezes maior que os US$ 121 bilhões destinados às energias renováveis.
O documento foi publicao antes da antes da cúpula do G20 em Antalya, Turquia, e mostra três tipos de apoio desses governos em 2013 e 2014. São ubsídios nacionais estendidos através de gastos e benefícios fiscais diretos; investimentos das empresas estatais, tanto nacionais como internacionais; e finanças públicas estendidas através de, por exemplo, empréstimos de bancos e instituições financeiras estatais.
Na divisão dos valores, ficou detalhado um subsídio de US$ 78 bilhões por ano dos governos do G20 para produção de combustíveis fósseis, enquanto empresas estatais do G20 investiram US$ 286 bilhões e estima-se que as finanças públicas ratearam US$ 88 bilhões por ano a mais em 2013 e 2014.
O país que mais se destaca entre as 20 maiores economias do mundo está o Japão, com um financiamento público médio de US$ 19 bilhões por ano para a produção de combustíveis fósseis em 2013 e 2014, com US$ 2,8 bilhões por ano somente para o carvão. O Reino Unido foi o único país do G7 que aumentou seu apoio para a indústria de combustíveis fósseis nos últimos dois anos, com mais incentivos fiscais e apoio destinados às empresas que operam no Mar do Norte em 2015.
Em 2009, todos os países do G20 concordaram em eliminar gradualmente subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis. Seis anos depois, é hora de questionar se isso está de fato ocorrendo. e acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a partir de 2014, pelo menos três quartos das reservas comprovadas de petróleo, gás e carvão devem ficar no chão, a fim de termos chance de dois-em-três de permanecer abaixo do limiar de 2ºC de mudanças climáticas.
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