PANGEA PRETENDE CRIAR INTERCÂMBIO DE CONHECIMENTO ENTRE O BRASIL E O TEXAS NA ÁREA DE PETRÓLEO | Petronotícias




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PANGEA PRETENDE CRIAR INTERCÂMBIO DE CONHECIMENTO ENTRE O BRASIL E O TEXAS NA ÁREA DE PETRÓLEO

A Peduzzi & Company, que representa empresas brasileiras nos Estados Unidos e empresas americanas no Brasil, fundou o Pangea – The Houston Supply Chain & Logistics Institute (Instituto Houston de Logística e Cadeia de Suprimentos), para gerar a troca de conhecimentos entre as universidades do Texas, onde o negócio do petróleo já existe há mais de um século, e as universidades brasileiras. O Presidente da empresa e fundador do Pangea, Ricardo Peduzzi, conversou com o repórter Daniel Fraiha e explicou a iniciativa.

De onde surgiu a idéia de criar o Pangea?

No momento atual, que gera enormes oportunidades na área de óleo e gás, a gente sabe que uma grande carência que existe no Brasil é a capacitação da mão de obra. Então nós formamos uma organização sem fins lucrativos, a Pangea – The Houston Supply Chain & Logistics Institute, e fizemos alianças com as principais universidades do Texas para prover treinamento em parceria com as universidades aqui do Brasil, treinamentos específicos para a indústria de petróleo.

Esses treinamentos serão feitos aqui ou lá?

Ambos. Pode ser feito no mercado brasileiro, como pode ser feito lá. O espírito principal é aquele de treinar o treinador, “train-the-trainer”. Nós trazemos o treinador para treinar os treinadores daqui, ou levamos o treinador daqui para lá, porque gostamos muito da idéia de treinar treinadores do Brasil lá, já que assim estamos abrindo também a mente deles, expondo eles a situações e oportunidades diferentes daquilo que eles veem em seus cotidianos no Brasil. Estamos fazendo isso com a Texas A&M University, a Rice University, a University of Houston, a San Jacinto College, a Lone Star College… as principais universidades texanas. Nós estamos em excursão com a University of Texas, e nos aproximando de universidades do Brasil para prover esse treinamento e focar o capital intelectual. Em falar em focar o capital, a gente percebe que hoje existe uma grande oportunidade para empresas brasileiras adquirirem ativos no mercado americano e alavancar aqueles ativos em oportunidades em óleo e gás aqui no Brasil.

Quais ativos seriam os mais interessantes?

Principalmente na área de logística. Logística marítima, logística fluvial… a gente acredita que esse seja o grande gargalo do mercado brasileiro, e o Texas tem cento e tantos anos de exploração do óleo e gás como negócio, querendo lucros. Não era uma iniciativa social, era um “business”. Então a proposta do Pangea é trazer essa experiência de tantos anos daquela região do Golfo para explorar oportunidades na indústria de petróleo do mercado brasileiro.

E quem está financiando esse projeto?

O Pangea é uma entidade sem fins lucrativos, que tem o seu board de advisors (corpo de conselheiros), que são aquelas organizações acadêmicas e as empresas que provem serviços e bens à indústria do petróleo.

Tem alguma que seja peça-chave nesse apoio?

Sim, principalmente aquelas que provem bens e serviços e as operadoras de petróleo. Nós estamos alinhavando esse acordo para poder trazer para o Brasil e inclusive apresentar a participação da indústria como um parceiro da universidade no desenvolvimento de projetos.

Os governos estão apoiando também?

Ainda não abordamos governos.

Mas pretendem?

Quando for necessário, sim. Se for detectada a necessidade.

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