PARALISAÇÃO DE PORTUÁRIOS EM SANTOS SERÁ DECIDIDA NA QUINTA-FEIRA
A decisão sobre a paralisação dos portuários de Santos será tomada na quinta-feira (28), em assembleia conjunta com todas as categorias atuantes no setor. No início da semana, foram realizadas reuniões independentes para deliberação de pautas e reivindicações a serem levadas à assembleia.
Os sindicatos do Porto de Santos ainda analisarão em conjunto os detalhes sobre a greve de advertência marcada para 1º de junho, quando deverá haver paralisação de seis horas.
Os portuários não participarão do dia nacional de lutas, programado por centrais sindicais, como a CUT, para o dia 29 de maio. O envolvimento com o movimento foi descartado por divergências entre a Federação Nacional dos Portuários (FNP) e a Força Sindical, às quais alguns sindicatos do setor são filiados. Filiada à CUT, a FNP não incluiu as medidas provisórias 664 e 665 nas pautas para o dia 29.
Essas MPs fazem parte do pacote de ajuste fiscal adotado pelo governo, e devem dificultar o acesso dos trabalhadores e seus dependentes a benefícios previdenciários. A Força Sindical, que abriga os sindicatos dos estivadores e dos operários portuários (Sintraport), faz oposição às duas medidas e defende emendas ao projeto de terceirização que tramita atualmente no Senado.
O presidente do Sintraport, Claudiomiro Machado (foto), comentou a situação: “Como a nossa unidade é mais importante que as divergências das centrais, resolvemos tocar nossa campanha em separado”. Segundo ele, a luta dos sindicatos dos portuários deverá se tornar mais abrangente. “Com certeza, nossas assembleias colocarão as medidas provisórias e a terceirização no mesmo pacote”, afirmou Miro, como é conhecido.
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