PARALISAÇÃO DOS CAMINHONEIROS JÁ CAUSA REFLEXOS NO ABASTECIMENTO DO BRASIL
Os protestos dos caminhoneiros está em seu terceiro dia e, consequentemente, o Brasil já começa a sentir os reflexos dos atos promovidos nas estradas. O país é completamente dependente do transporte rodoviário, apesar de suas dimensões continentais. Por isso, se o governo federal não tomar uma decisão rápida sobre a questão do preço do diesel e da gasolina, a população poderá em breve começar a sofrer com falta de alimentos, combustível e outros tipos de suprimentos, além da alta dos preços.
Estados como Rio de janeiro e Pernambuco já estão passando por dificuldades no sistema de transporte coletivo – ônibus estão com dificuldades para reabastecer seus tanques.
O aeroporto de Brasília segue em estado de atenção por falta de combustível para os aviões. A orientação da Inframérica, que administra o terminal aéreo da capital federal, é de abastecer as aeronaves com a quantidade mínima necessária para realizar os deslocamentos. As manifestações também prejudicaram os trabalhos dos Correios, que suspenderam temporariamente as postagens das encomendas com dia e hora marcados. As postagens do Sedex tradicional e do serviço PAC (entrega não expressa) estão ocorrendo normalmente.
Em redes sociais, há muitos relatos de caminhoneiros que deixam claro que ainda não há uma previsão de finalizar o movimento. Eles alegam que “não vão pagar a conta” dos rombos no caixa da Petrobrás, se referindo aos desvios que a estatal sofreu nos últimos anos. Os motoristas, como se sabe, começaram as manifestações no início da semana como uma forma de pressionar o governo a reduzir o preço do óleo diesel.
Ontem (22), o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, bateu o pé e disse que não mudaria a política de preços da companhia, que tem levado o mercado e consumidores à uma confusão sem fim, com reajustes quase que diários. Diante disso, o governo federal está pressionado pela escalada dos protestos de caminhoneiros. O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, confirmou na noite de terça-feira que o governo firmou um acordo com o Congresso para zerar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre o diesel. Mas o impacto da medida não será tão grande: a alíquota atual do imposto sobre o diesel é inferior R$ 0,05 por litro.
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