PARECER TÉCNICO DO CADE VETA VENDA DA LIQUIGÁS PARA A ULTRAGAZ
Se depender do parecer da área técnica do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a Petrobrás pode tirar o cavalo da chuva porque não vai vender a Liquigás para a Ultragaz. O conselho recomendou a rejeição do negócio. Com isso, o plano de desinvestimento da Petrobrás leva outra traulitada. Anunciada em novembro de 2016, com o valor de R$ 2,8 bilhões, a operação é uma das maiores já concluídas dentro do programa da Petrobrás, que pretende arrecadar US$ 21 bilhões até o final de 2018. Para a área técnica do Cade “a presente operação acarreta aumento da probabilidade de exercício coordenado de poder de mercado tanto no segmento de GLP envasado investigações, como também no mercado a granel”. Se acatado, será o segundo revés do grupo Ultra no órgão neste ano. No início de agosto, o Cade rejeitou a compra da distribuidora de combustíveis Ale pela Ipiranga, braço do Ultra no segmento. O relatório será analisado pelo plenário do Cade, que tem palavra final sobre a venda.
O relatório do CADE concluiu que, no mercado de GLP envasado, haveria efeitos em todos os Estados onde as empresas atuam, à exceção do Tocantins. Já no mercado a granel, as exceções são Tocantins e Amazonas. O documento diz ainda que há elevadas barreiras à entrada de novos competidores no mercado, além de dificuldades de acesso ao combustível com a Petrobrás e vantagens exclusivas detidas pelas empresas já consolidadas. O plenário do CADE decidirá sobre a venda. O grupo Ultra deve apresentar nova proposta, já que o contrato da operação prevê multa de 10% do valor do negócio caso não seja concluído. Caso a operação seja mesmo vetada, a Petrobras terá que reiniciar o processo de venda da Liquigás, desta vez com poucas chances de contar com as três grandes concorrentes, Ultra, Nacional Gas Butano e Supergasbrás como possíveis interessadas.
Pelo meno evita o desmantelamento da BR pelo novo Presidente da BR.