PARENTE ENVIA CARTA A FUNCIONÁRIOS CRITICANDO GREVE, MAS TRABALHADORES JÁ PREPARAM NOVAS MOBILIZAÇÕES | Petronotícias




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PARENTE ENVIA CARTA A FUNCIONÁRIOS CRITICANDO GREVE, MAS TRABALHADORES JÁ PREPARAM NOVAS MOBILIZAÇÕES

Pedro Parente 2O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, que vinha se mantendo distante das negociações entre a estatal e as representações sindicais, entrou na roda das discussões nos últimos dias, ao enviar uma carta aos funcionários em que criticava as paralisações realizadas nos dias próximos ao Natal, elogiando as equipes de contingência que trabalharam no período, mas sua intervenção parece não ter feito muito efeito. Ou talvez tenham agido no sentido contrário.

Em reunião na quarta (4), a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) decidiu realizar novas mobilizações, marcadas para o período entre 9 e 16 de janeiro, além de ter convocado a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e 18 sindicatos para um Encontro Nacional dos Petroleiros.

Já a FUP teve uma nova reunião com a o setor de RH da Petrobrás nesta quinta-feira (5) e voltou a apresentar suas reivindicações – a maioria já negada pela estatal –, como prorrogação do atual Acordo Coletivo de Trabalho até 31/08/2018, reposição da inflação e cumprimento do pagamento de adicional por tempo de serviços para trabalhadores da Araucária Nitrogenados.

No entanto, a entidade parece ter recuado um pouco no discurso combativo, já que um dos itens da reunião envolveu o objetivo de remeter para Comissão de Regime de Trabalho as discussões sobre redução de jornada do administrativo com redução de salário, bem como o número de horas extras gerenciáveis na companhia, um assunto que vinha sendo muito criticado pela federação. Ainda assim, a FUP faz declarações atacando o governo e a postura da gestão de Parente:

“A conjuntura política nacional no pós-golpe foi ponto central nos debates travados no Conselho da FUP. A escalada neoliberal instalada, que, entre outros ataques, vem para retirar direitos da classe trabalhadora, norteou a FUP a reivindicar a prorrogação do atual acordo até 31/08/2018”, afirmou a entidade em nota.

Já a carta de Parente enfatiza os desafios para 2017, que ele classificou no texto como “o ano da virada”, afirmando que será o momento em que a empresa será medida “pelo cumprimento das promessas ousadas” que foram feitas. Ele ainda faz críticas às gestões passadas para aludir à sua postura na negociação com os trabalhadores:

“A régua que mede o compromisso da Petrobrás com os seus empregados não é a que concede correções acima da capacidade financeira da empresa, não é a que define projetos e procedimentos que explodiram o endividamento da companhia a ponto de colocar em risco a nossa sobrevivência. Essa régua foi usada no passado e já se provou equivocada”, afirmou.

Até o momento, a última proposta da Petrobrás para os sindicatos previa reajuste de 6% retroativo a setembro de 2016, mais 2,8% a partir de março deste ano, além de 8,97% dos benefícios educacionais, 8,97% do programa jovem universitário e reajuste do vale refeição de R$ 1.003 para R$ 1.093. A proposta também incluía a flexibilização da jornada de trabalho, que permitiria aos funcionários optarem por trabalhar seis horas ao invés de oito, com redução equivalente dos salários.

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Luciano Seixas Chagas
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Luciano Seixas Chagas

Parente desvaloriza não só os ativos físicos como e principalmente o laboral, ao não repor a inflação e provocar a ira dos funcionários que usam a paralisação como a sua única arma disponível. Será lamentável se a greve acontecer como parece ser a vontade do Parente ou de parte de um plano maior e bem urdido intramuros, de enfraquecimento da estatal. Vejamos. Ele pagará o complemento da inflação a partir de março ou seja: não quer pagar 2,8% além dos 6% já acordados, entre os meses setembro de 2016 até março de 2017 ou seja 2,8% em 7 meses, número… Read more »