PARENTE FAZ MARATONA DE APRESENTAÇÕES DO PLANO DE NEGÓCIOS DA PETROBRÁS NO RIO
O presidente da Petrobrás, Pedro Parente (foto), tem uma agenda corrida nesta quarta-feira (21). Apenas um dia após anunciar as metas de investimentos da estatal para o período de 2017 a 2021, ele se lança numa maratona de apresentações do plano de negócios, começando o dia em uma reunião na Firjan, às 11h, onde será recebido pelo presidente da federação, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, e fechando a noite no hotel Rio Othon Palace, onde dá mais uma vez um panorama da estratégia da companhia para os próximos anos, em evento realizado pelo IBP.
Na primeira parte do dia, Parente será acompanhado pelos principais executivos da cadeia de comando da estatal, que detalharão os projetos das suas respectivas áreas. Dentre os presentes, estarão o diretor de estratégia, execução e gestão, Nelson Silva (ex-presidente da BG Brasil), a diretora de exploração e produção, Solange Guedes, o diretor de refino e gás natural, Jorge Celestino Ramos, e o diretor de desenvolvimento da produção e tecnologia, Roberto Moro.
À noite, no Rio Othon, o presidente da Petrobrás será ciceroneado pelo presidente do IBP, Jorge Camargo, a partir das 19h, com a presença de diversos executivos do setor de óleo e gás.
O PLANO
O plano de investimentos da Petrobrás apresentou um corte profundo, de 25%, para um total de US$ 74,1 bilhões até 2021, mas é visto por parte da indústria como um possível ponto de partida para a retomada dos projetos da companhia, que ainda anda em compasso de espera na maioria das obras.
O maior foco do novo plano são os investimentos em exploração e produção, com US$ 60,6 bilhões destinados à área, sendo que 76% do montante será alocado para desenvolvimento da produção, 11% para exploração e 13% para suporte operacional – no plano anterior, a previsão de investimentos para o E&P era de US$ 80 bilhões. O destaque desses aportes, claro, será o pré-sal.
Uma meta ambiciosa traçada por Parente é a redução da dívida líquida à metade em relação à receita até 2018. O objetivo é que ela seja equivalente a 2,5 vezes a sua geração de caixa em 2018, enquanto que no balanço anual de 2015 o índice alcançava 5,3 vezes.
“Nos próximos dois anos estaremos concentrados na recuperação da solidez financeira da Petrobrás, como uma empresa integrada de energia que tem foco em óleo e gás. No horizonte total dos cincos anos desse planejamento, a nossa proposta é que a empresa tenha sido saneada, tenha padrões de governança e ética inquestionáveis para sustentar uma produção crescente, mas realista, e capaz de investir e se posicionar nos processos de transição por que passa o mercado de energia no mundo”, afirmou Parente.
De acordo com a estatal, uma das principais ações para garantir que as metas sejam cumpridas será a adoção de novas ferramentas de gestão e gerenciamento de custos, especialmente o Orçamento Base Zero (OBZ). Por meio desse instrumento, os gastos da empresa serão revistos, mantendo as despesas consideradas essenciais para o negócio e evitando cortes lineares que prejudicam a operação.
O plano prevê ainda que a área de Refino e Gás Natural receberá 17% do total dos aportes, enquanto as outras áreas da companhia responderão por 1%. Já a meta de produção no Brasil de óleo e líquido de gás natural foi fixada em 2,77 milhões de barris por dia (bpd) para 2021, enquanto que somando os resultados do exterior a produção deverá alcançar 3,41 milhões de barris de óleo equivalente por dia no mesmo período.
Além disso, a estatal pretende acelerar a venda de ativos daqui para frente, com o objetivo de arrecadar US$ 19,5 bilhões entre 2017 e 2018, como uma das formas de reduzir o endividamento. Nessa nova linha estratégica, já está decidida a saída das atividades de produção de biocombustíveis, distribuição de GLP, produção de fertilizantes e das participações em petroquímica.
O foco da companhia será quase que exclusivamente voltado à exploração e produção de petróleo e gás, responsável por 82% do plano de investimentos até 2021. O segmento de refino deverá trazer poucas novidades, apenas com as obras necessárias para a conclusão das primeiras unidades do Comperj e da Rnest, enquanto que o segundo trem de cada uma das refinarias deverá continuar em compasso de espera.
A venda de participações em negócios, subsidiárias e projetos deverá alcançar todas as áreas da companhia, já que na divulgação do plano de investimentos a estatal afirma também que buscará “crescentes parcerias estratégicas” nas divisões de Exploração e Produção, Refino, Transporte, Logística, Distribuição e Comercialização.
CAROS LEITORES Está mui difícil para mim, sem qualquer viés ideológico, entender os rumos que o Sr. Parente e todo o CA da Petrobras esta dando para a empresa. Voltando ao Brasil, após curta temporada fora,leio as seguintes notícias: 1- Petrobras pretende diminuir preço dos combustíveis para ajudar ao governo a adestrar a indomável inflação. Agora pode? 2-Com as recentes quedas do valor do dólar somado ao preço atual do petróleo nas bombas, a dívida da Petrobras diminui bastante. O CA e o Sr. Parente precisam mostrar para os acionistas qual é o real valor da dívida atual da empresa… Read more »