PARENTE TENTA ATRAIR SETOR PRIVADO PARA INVESTIR US$ 40 BILHÕES EM PARCERIAS COM A PETROBRÁS
O discurso de Pedro Parente (foto) na apresentação do Plano de Negócios feita na sede da Firjan, no Rio de Janeiro, teve endereço certo: o setor privado. O presidente da Petrobrás aproveitou a reunião com empresários para destacar a busca por parcerias em todas as áreas de atuação da estatal, com o intuito de ampliar o potencial de desenvolvimento e de levar adiante o planejamento.
O executivo foi acompanhado de sua diretoria, que também deu atenção especial à formação de parcerias como um caminho fundamental para o avanço da empresa. O diretor de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão, Nelson Silva, afirmou que, por meio delas, são esperados investimentos adicionais de US$ 40 bilhões nos próximos dez anos.
“São investimentos que deixam de ser feitos pela Petrobrás e passam a ser feitos por parceiros”, disse, destacando que, entre as vantagens, estão também o compartilhamento de riscos, o aumento da capacidade de investimento na cadeia produtiva, o intercâmbio tecnológico e o fortalecimento da governança corporativa.
Em vista disso, Parente lembrou que a busca de parcerias e, também, os desinvestimentos, a redução do quadro de empregados e a otimização do portfólio são tendências mundiais da indústria de petróleo e gás que impactam todas as grandes companhias do setor diante do novo cenário de preços mais baixos. “Nenhuma indústria pode deixar de reagir a uma situação em que o preço do seu produto cai para menos da metade numa velocidade tão rápida”, avaliou.
Outro membro do alto comando da estatal, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Ivan Monteiro, elogiou as atuais parcerias na área de Exploração e Produção e afirmou que a busca por parceiros passará a ser uma política na Petrobrás, estendida a todas as áreas. “É uma declaração de humildade por parte da companhia reconhecer que não sabemos tudo, que precisamos de colaboração. Esse é o espírito dessa diretoria. Vamos fazer e executar os projetos juntos e vamos obter os melhores resultados possíveis para toda a sociedade”, disse, complementando: “Não adianta nada ter petróleo no fundo do mar. Produzir, refinar, gerar empregos e impostos é o objetivo da empresa”.
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