HAYS PREVÊ MAIS INVESTIMENTOS EM QUALIFICAÇÃO NO SETOR DE PETRÓLEO EM 2015 | Petronotícias




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HAYS PREVÊ MAIS INVESTIMENTOS EM QUALIFICAÇÃO NO SETOR DE PETRÓLEO EM 2015

Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) –

raphael-falcaoO déficit de mão de obra qualificada no setor de Óleo & Gás é um dos empecilhos para um aumento da produtividade brasileira de modo a ser competitivo no mercado internacional. Para Raphael Falcão, diretor-geral da Hays, empresa inglesa de consultoria para o setor, a formação de consórcios da Petrobrás com empresas estrangeiras na exploração do pré-sal é uma boa oportunidade para a aquisição desse know-how que falta ao país. Segundo o executivo, os estrangeiros que vêm trabalhar no Brasil acabam ocupando as vagas de gestão e outros cargos mais qualificados. Para este ano, o executivo acredita que não haverá um crescimento agressivo, mas estima que em 2015 e 2016 aumentarão os investimentos em qualificação no segmento.

O interesse dos investidores estrangeiros no setor de Óleo & Gás brasileiro vem crescendo ou diminuindo?

Houve um período de pico e depois se estabilizou. Agora já está acontecendo uma retomada por causa do pré-sal. Como a Petrobrás explora essas áreas por meio de consórcios e se posiciona de acordo com o cronograma de investimentos, em que constam os ativos dessa área, fica difícil identificar o que é estrangeiro dentro do segmento. Esse mercado está bastante global.

E os profissionais estrangeiros? Eles têm se mostrado interessados em trabalhar no Brasil?

Não há um grande volume de profissionais estrangeiros, cerca de 26%. Esse percentual é muito maior, por exemplo, na Rússia (50%). O Brasil não tem um histórico para atrair estrangeiros para esse setor porque ficou muito tempo parado. Os que vêm de fora são os mais experientes e capacitados e, por isso, acabam ocupando cargos de gestão e outras posições altas. É difícil vê-los nos trabalhos de logística, que necessitam de uma maior cultura local.

O déficit de mão de obra local qualificada no Brasil é um fator de estímulo para profissionais estrangeiros?

Sem dúvida. O Brasil tem um grande déficit de profissionais para serviços mais específicos. Quando se começa a avançar em uma área, percebe-se a falta de qualificação. Mas os atuais consórcios com empresas estrangeiras têm a possibilidade de transmissão de know-how. O Brasil tem o desafio de ser mais produtivo, para poder desenvolver projetos fora do âmbito nacional. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a Coreia do Sul, que hoje fabrica navios para o mundo inteiro.

Como você avalia o desempenho do setor em 2013 e qual é a expectativa para esse ano?

Mundialmente, o setor ficou mais morno e foi deixado meio de lado. Mas, como teve leilão, o cenário para este ano é mais otimista. Os empresários pensam em expandir a força de trabalho, mas o crescimento não vai ser agressivo. Em 2015 e 2016 vão acontecer mais investimentos em qualificação de mão de obra.

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