PAULO ROBERTO COSTA É PRESO NOVAMENTE E JUSTIÇA BLOQUEIA US$ 23 MILHÕES EM CONTAS NA SUÍÇA

O ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa foi novamente preso nesta quarta-feira, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), com base em provas de que possui milhões de dólares não declarados no exterior, além das acusações anteriores. A decisão veio do Juiz Federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, e a Justiça do Paraná confirmou ainda o bloqueio de US$ 23 milhões em contas que seriam de Costa na Suíça.

A prisão foi efetuada no Rio de Janeiro, pela Polícia Federal, e a operação bloqueou também outros US$ 5 milhões no exterior, que estariam em contas de familiares do ex-diretor e em nome do doleiro Alberto Yousseff, acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobrás.

A investigação realizada pelo Ministério Público aponta que o dinheiro nas contas do exterior seria fruto de desvios de contratos da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Em depoimento ao Senado na terça, o ex-diretor da Petrobrás afirmou que o salto no orçamento da refinaria, previsto inicialmente em US$ 2,5 bilhões e atualmente estimado em US$ 18 bilhões, se deveu a um anúncio precipitado dos valores previstos, já que na época ainda não haviam sido realizados os estudos definitivos e as licitações.

Aos senadores, Costa afirmou ainda que o montante de cerca de R$ 1,2 milhão em espécie (entre dólares, reais e euros) que guardava em casa quando a Polícia Federal o prendeu eram para pagamentos internos de sua empresa. Sobre a parcela que estava em dólar (US$ 181 mil), afirmou que tinha juntado ao longo de seus 35 anos na Petrobrás, sem dar muita importância ao fato: “eu deixei esse dinheiro como uma garantia, como vários de nós têm dólares guardados em casa”.