PAULO ROBERTO SE DEFENDE E DIZ QUE DECISÕES SOBRE A RNEST FORAM TOMADAS POR TODA A DIRETORIA DA PETROBRÁS
O ex-diretor de abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa (foto) saiu de seu silêncio, que vinha sendo mantido desde que decidiu assinar o acordo de delação premiada com o Ministério Público e a Polícia Federal, para se defender de acusações feitas pela própria estatal, que o colocou como o principal responsável pelos prejuízos gerados com a construção da Refinaria Abreu e Lima. Costa, por meio de seu advogado, João Mestieri, negou que tenha sido o único culpado pelas perdas bilionárias no projeto.
A Petrobrás emitiu um comunicado no último domingo (18) à noite afirmando que os prejuízos – avaliados em cerca de US$ 3,2 bilhões – nas obras foram consequência do plano de antecipação da refinaria proposto e aprovado pela diretoria comandada por Costa em março de 2007, que teria gerado a necessidade de uma série de aditivos contratuais, encarecendo o projeto.
No entanto, o ex-diretor afirma que não tomou decisões sozinho, e que todas elas foram tomadas de forma colegiada, por deliberação de toda a diretoria executiva, incluindo a atual presidente da estatal, Graça Foster, que à época respondia pela diretoria de gás e energia.
O advogado de Costa afirmou que ele não tinha autonomia para autorizar este tipo de gasto e que não poderia ter feito isso sozinho. Além disso, mesmo após a área técnica da Petrobrás apontar a estimativa de prejuízo com o projeto, o Conselho de Administração aprovou a continuidade da construção.
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