PAVILHÃO BRASIL VOLTA A ATRAIR ESTRANGEIROS, MAS QUEBRA DE CONTEÚDO LOCAL DESESTIMULA EMPRESARIADO BRASILEIRO

HOUSTON – É muito bom o clima no Pavilhão Brasil da OTC deste ano. É grande a participação das empresas e da permanente crença do empresariado brasileiro que dias melhores virão, apesar de serem realista que, no momento, se depender da Petrobrás, os fornecedores brasileiros só vão ficar com as migalhas de serviços e fornecimentos que o mercado internacional não quiser.  O próprio Ministro Fernando Coelho Filho faz questão de evitar o assunto conteúdo local. Seus interesses só estão voltados em atrair as petroleiras para o Brasil com os leilões, para o desenvolvimento de novos campos, como se estes investimentos fossem acender as empresas de projetos, serviços ou fomentar a cadeia de manufatura nacional.

Muito embora ainda seja surpreendente a forte participação das empresas brasileiras no Pavilhão Brasil, tem atraído profissionais do mundo inteiro.  Uma das empresas que acreditou na participação do Pavilhão Brasil e vê a presença na OTC como uma boa oportunidade  é a Roxtec. Seu Diretor Geral, Marcelo Campos, conversou com o Petronotícias sobre a participação este ano:

“Nós estivemos numa palestra com as operadoras de petróleo e a opinião deles é unanime em dizer que o Brasil é o grande filão do momento com o pré-sal. Eles estão extremamente confiantes e dizem que os investimentos virão com as novas rodadas que acontecerão em breve e que isso tudo traz um grau de previsibilidade e segurança para Exxon, Shel BP, Statoil, para fazer investimento no Brasil, que é um grande player do mercado. E que as mudanças que o Brasil está fazendo são importantes em termos regulatórios, principalmente com a quebra do conteúdo local para eles. É a contrapartida zero nos investimentos que eles terão que fazer em relação a indústria local. ”

Marcelo Campos também está com os pés no chão quanto aos resultados para o mercado brasileiro:

“Tudo isso só confirma aquilo que o mercado espera: zero de negócios no Brasil e muita coisa em termos de investimento no exterior. Para nós da Roxtec tem sido positivo. Fizemos um investimento para fazer posicionamento, mas não esperamos nada demais, não. Não estou vendo nenhuma demanda específica de mercado  O pessoal tem falado nos FPSOS de Sépia e Libra e nós estamos engajados em participar desses projetos. São projetos que estão no nossa linha de visão e vamos continuar a fazer investimentos.”